Se fizermos uma rápida busca para saber qual o principal ativo das organizações iremos encontrar vários indicativos para responder a essa questão. E isso não é de hoje.
Mais do que uma discussão, o entendimento do tema passa necessariamente por determinados “modelos” pré concebidos de gestão e de uma lista de crenças e valores que fazem parte da cultura e do modus operandi daquele negócio.
Nessa busca, a qual me referi no primeiro parágrafo, iremos encontrar: competência, informação, marca, atendimento ao cliente e, claro, pessoas. A lista é bem mais extensa, porém, creio ser o bastante para o momento.
O ativo de uma empresa caracteriza-se, do ponto de vista contábil, como sendo “tudo que de alguma forma pode ser convertido em dinheiro”.
Analisando de uma forma mais ampla, podemos dizer que o ativo de uma empresa é um recurso que quando adequadamente gerenciado pela organização pode trazer ganhos ou benefícios capazes de serem mensurados economicamente.
A partir dessa “conceituação” podemos verificar que nenhum ativo, para trazer ganhos ou benefícios para a empresa, pode ser dissociado de uma gestão adequadamente implementada.
Não podemos esperar o melhor resultado de uma máquina se o operador não possuir o mínimo de conhecimento para poder operá-la, é certo que o cliente não ficará plenamente satisfeito se o atendente não possuir os mínimos conhecimentos sobre a forma de atender e não possuir conhecimentos suficientes sobre o produto ou serviço que ele está vendendo.
Da mesma forma, nenhuma gestão é capaz de ser implementada, sem o mínimo de conhecimento por parte do gestor sobre sua forma de implementação, ferramentas adequadas e assim por diante.
O conhecimento é, portanto, o elemento chave para que uma organização possa obter competitividade, benefícios e ganhos futuros a partir de todos os elementos que compõem sua gestão.
Talvez, por isso, o conhecimento seja considerado, atualmente, o ativo mais importante para que as empresas e as organizações possam ser consideradas de alta performance.
Conhecimento como ativo, a partir do conceito amplo aqui formulado, depende fundamentalmente de dados, informações e da intervenção do ser humano.
Dados “são elementos de informações colhidos no fenômeno em estudo, em sua forma bruta, não organizada…” (Prof. Pedro Luiz de Oliveira C. Neto).
Já os dados, utilizando-se de ferramentas específicas, após “trabalhados” e organizados, são caracterizados e se transformam em informações adequadas e válidas para a tomada de decisão.
Já o conhecimento é produzido a partir da análise e da interpretação dessas informações.
Toda esta estrutura, portanto, depende da figura do ser humano que através de seu conhecimento tácito seja capaz de transformar dados e informações em benefícios e ganhos futuros para a empresa.
Concluimos, que o ativo fundamental das organizações, no contexto da competitividade, é o conhecimento gerado a partir da intervenção do ser humano.
Nenhuma empresa, que deseja se distinguir pela alta performance de seus processos e atividades, poderá prescindir de fomentar e promover conhecimento aos seus profissionais, cada vez com maior intensidade.
Até…
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações.
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