Sequência de entrevistas com ex-funcionários do Diário do Rio Claro, que teve início em 24 de junho, abordou, além da história do Centenário, a profissão de jornalista, a forma de comunicar e as mudanças no cenário político e social da Cidade Azul.
“Esse comportamento muda de cidade para cidade. Tem lugares que funcionam e lugares não. A concepção de valores mudou e, em algunslugares, já não é mais interessante colocar um gerente de banco na coluna social, por exemplo, porque ele é só mais um gerente. Mas o que voltou com força no colunismo social hoje é o furo. (…) A valorização da coluna social é exatamente essa”. (Paulo Leoni, indagado quanto a acreditar se o colunismo social no jornal impresso irá sobreviver e se consegue se renovar)
“Hoje, era para o jornal valorizar mais a reportagem. Atualmente, todo mundo faz jornalismo com a facilidade das redes, logo os jornais já saem vencidos. Para enfrentar esse quadro, o jornal impresso tem que sair do factual, tentar ir além. Isso que vocês estão fazendo é o que dará alguma sobrevida ao impresso”. (José Rosa Garcia, falando a respeito das mudanças no jornalismo ao longo dos anos)
“Não. Eu não acredito. Nem no fim do impresso, nem da televisão, nem do rádio. Eu acredito na ascensão dojornalismo digital. Mas as outras mídias vão continuar existindo. As outras mídias vão se adaptar. Eu gosto de pegar uma revista, um jornal, um livro, sentar e viajar na leitura”. (Silvia Venturoli, sobre acreditar, ou não, no fim do jornal impresso)
“Foi um período bacana de aprendizagem e criatividade. A telefonia era precária. Para conseguir uma notícia o negócio era complicado. Era jornalismo de guerrilha. Nada comparado com hoje, era muito complicado!” (José Afonso Baldissera, relembrando o período em que passou pelo Diário, em meados da década de 70)“
Era uma cidade mais bem cuidada. Eu vejo a cidade atualmente completamente abandonada, Há quanto tempo não vemos uma empresachegar em Rio Claro? O Jardim Público, por exemplo, é uma vergonha para a cidade. É um prostíbulo a céu aberto. E é na frente da prefeitura e da Câmara.” (Afonso Celso Bovo discorrendo acerca da Rio Claro de antes e de hoje)
“O papel dos veículos é a essência do jornalismo, que é fiscalizar o poder público. Neste sentido, é muito legal ver a revitalização do Diário. O jornalismo do interior é importantíssimo para o desenvolvimento da cidade e também para própria qualidade de vida dos cidadãos.” (Paulo Roberto Botão explanando sobre a importância dos veículos de comunicação)
“É muito melhor acreditar na imprensa do que nas redes sociais.” (José Roberto Sant’Ana comentando sobre a nova onda de fake news)