A GAC, consultoria internacional focada no fomento de iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, acaba de concluir levantamento que mostra a retomada dos investimentos das empresas brasileiras em inovação.
Durante o último exercício, houve um crescimento de 25% na submissão de projetos para a utilização da Lei do Bem, interrompendo dois anos de quedas consecutivas.
O levantamento da GAC é baseado em dados oficiais do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Segundo o órgão, em 2015, auge da crise econômica, as empresas brasileiras submeteram 1.110 projetos para confirmar os benefícios da Lei do Bem. Já em 2016, foram 1.175.
E, em 2017, os registros atingiram 1.476. “Percebe-se, portanto, a clara retomada dos investimentos no setor”, afirma Rodrigo Miranda, diretor da GAC no Brasil. Os números internos da GAC estão em linha com os dados do MCTIC. Em 2015, a GAC registrou uma queda de 8% no número da submissão de projetos para a utilização da Lei do Bem, já refletindo a queda do Produto Interno Brasileiro (PIB).
Porém, em 2016, a situação se tornou dramática, apresentando um desabamento de 34% nas inscrições, bem acima da já alarmante queda do PIB no ano. “Uma parte destes resultados é por conta da redução dos investimentos realizados pelas empresas”, explica Miranda. “Outro fator foi a falta de lucro no período, que não permitiu o acesso aos benefícios fiscais, já que se trata de um dos requisitos básicos para a utilização”, complementa.
A Lei do Bem é o principal mecanismo utilizado pela GAC para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento empresarial no Brasil. A consultoria já atingiu a marca de R$ 2,4 bilhões em projetos de inovação viabilizados no Brasil, com o apoio direto a 300 empresas brasileiras e R$ 600 milhões de redução de impostos em cinco anos de operação.