Apesar de autodeclarar “inquilino novo”, o vereador Serginho Carnevale (DEM) já tem bastante familiaridade com a estrutura do Legislativo. Filho do icônico radialista e ex-vereador, Sérgio Carnevale, o filho esteve visitando as dependências do Diário do Rio Claro nesta semana, oportunidade em que falou sobre seu mandato, a atual composição da Câmara e comentou os principais trabalhos desenvolvidos.
Formado em Direito e também radialista, Serginho disse que estar ocupando uma das cadeiras na tribuna é uma realização pessoal. “Eu queria muito que meu pai visse, que estivesse presente para ver essa vitória e foi possível”, disse relembrando todo o período de campanha, e recordando a responsabilidade em levar o sobrenome novamente para a Câmara Municipal.
“Meu pai foi o vereador mais votado em duas oportunidades e estar lá é uma responsabilidade grande”, observou. Por ter acompanhado o pai de perto, Serginho disse ter encontrado facilidade para se adaptar à estrutura da Câmara, sobretudo com relação à elaboração de requerimentos e projetos.
“Sou um vereador a moda antiga, muito pelo que vi e acompanhei do meu pai. Por isso, escrevo meus requerimentos, faço questão de ler tudo que dá entrada na Casa e não estou ali para ser oposição ou situação, mas para avaliar as propostas e, realmente, reconhecer se um requerimento é bom ou não, independentemente de partido.”
Sobre a nova composição da Câmara, Serginho diz que o Presidente da Casa, José Pereira, surpreendeu no cargo. “O presidente da Câmara deve ser um bom administrador e ele escuta os vereadores, está sempre disponível para ouvir e tem valorizado os funcionários. Acredito que estamos com boas pessoas na composição da Câmara, todas com bom potencial”, disse.
Serginho observa, entretanto, que há coisas ainda que podem ser melhoradas, como, por exemplo, o espaço para o uso da tribuna. “Acredito que seja possível mudar o regimento, a sessão é importante tanto para o vereador apresentar o que está fazendo, como para defender seus projetos. Há boas propostas, mas acho que a sessão fica meio amarrada.”
Em sua opinião, o vereador precisa ser mais respeitado e se fazer respeitar. “O Legislativo acaba sendo o ‘Patinho Feio’. O Executivo está com a caneta; o Judiciário ‘manda prender’. Enquanto isso, o vereador acaba sendo o culpado de tudo. Até porque é ele que está ali, próximo da população. Os moradores procuram um vereador para reclamar de um problema em um bairro, por exemplo, e nesse ponto temos que fazer o nosso trabalho para sermos respeitados”, avalia.
“Não sou o cara que está lá hoje para ser o inspetor de ninguém, mas da minha parte, o que posso fazer para o Legislativo é trabalhar, é ler os requerimentos, propor inovações, caminhos e ideias para melhorar Rio Claro. Essa é a função de um vereador, trabalhar e ser coerente”, conclui.
Por Vivian Guilherme / Foto: Diário do Rio Claro