Um projeto social desenvolvido em Rio Claro há pouco mais de quatro anos vem promovendo ajuda a muitas famílias, ganhando ainda mais alcance e importância em tempos de pandemia. Trata-se do “Projeto Social Sal da Terra”, criado em outubro de 2016 e desenvolvido sem nenhum tipo de auxílio governamental ou verba pública.
Tudo que o Projeto realiza vem da ação conjunta de voluntários, população, indústrias e comércio da cidade. “Sem este exército do bem, não conseguiríamos fazer tanto quanto fizemos até hoje”, destacam os organizadores.
São inúmeras as ações realizadas para auxiliar a população em situação de vulnerabilidade, desde alimentação (através de cestas básicas e cestas de frutas e legumes), inclusão social, aprendizagem, capacitação e fornecimento de móveis a famílias que vêm de outros estados sem nenhuma estrutura de moradia.
“Isso é tão contagiante, que muitas das pessoas que chegaram como necessitadas, hoje atuam como voluntários nas ações do projeto. Isso é muito gratificante.”
Outro objetivo do Projeto é retirar as crianças das ruas, envolvendo-as em atividades sociais, musicais, esportivas e estudos, além de aprendizagem com aulas de vários segmentos culturais em suas unidades.
Também é promovida a revitalização de áreas depreciadas e tomadas pelo lixo, que são limpas e transformadas em espaços para serem usufruídos pelas famílias e crianças. O Centro de treinamento do Projeto hoje tem dois campos de futebol, área com brinquedos, local para as mulheres fazerem caminhada, dentre outros.
O FUNDADOR
O Projeto Social Sal da Terra foi idealizado e fundado por Moisés Marques, ex-atleta profissional de futebol, nascido e criado em Rio Claro. Durante sua trajetória profissional, deparou-se com várias histórias de companheiros de clube sobre as dificuldades para conseguir alcançar o sonho de serem jogadores, pois muitos vinham de famílias pobres com condição apenas de manter o próprio sustento e, em muitos casos, nem isso. Em meio a pandemia, as atividades sociais ganharam ainda mais força, sempre respeitando as orientações do Ministério da Saúde.
“A visibilidade de nossas ações também aumentou muito, fato que tem nos aproximado de muitas empresas e estabelecimentos comerciais como novos colaboradores e investidores, nos dando com isso um fôlego novo. Porém precisamos de mais parceiros e investidores para ampliar o atendimento”, destaca a coordenação do projeto.
Quem quiser participar como voluntário pode procurar a sede, que fica na Avenida 1 MP, nº 705, esquina com Rua 10 MP, Bairro Mãe Preta, telefone 3536-3626. A coordenadoria também informa que os veículos do projeto, que são apenas dois, também não param, buscando doações de roupas e alimentos, móveis e utensílios domésticos, equipamentos diversos, instrumentos musicais etc.
Realizar doações diversas é uma maneira de ajudar. Mas ainda existem outras formas de colaboração, através de depósito em conta corrente, registrando um funcionário do projeto ou ainda através do Cofre Solidário, no qual em determinados estabelecimentos, o troco de uma compra pode ser doado ao programa.
As doações são feitas semanalmente para mais de 100 famílias cadastradas, ocorrendo toda terça-feira no Bairro Santa Maria (onde recentemente foi inaugurada uma nova unidade) e aos sábados no Bairro Mãe Preta, onde entre 70 a 80 cestas de legumes e verduras são entregues.
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