O incêndio que foi registrado na tarde dessa terça-feira (21), em área próxima à linha do trem, atingiu uma área de mais de dez mil metros quadrados, numa extensão da Avenida 24 até a Avenida 20, bairro Vila Indaiá.
Barracões e vagões que ocupavam o espaço foram destruídos. Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e funcionários de uma empresa levaram em média sete horas de trabalho para conter as chamas e a fumaça que alcançou metros de altura. O fogo começou por volta das 13h30 e logo se alastrou.
Equipes da Defesa Civil de Rio Claro estiveram no local novamente nessa quarta-feira (22) para avaliar a área e os danos. O Diretor do Departamento, Wagner Martins Araújo, confirmou que existe perigo em um trecho da curva na esquina da Avenida 22. “Houve um colapso na estrutura de parte do muro e gera risco de queda, por isso fizemos uma interdição no local”, afirma.
Segundo o Diretor, o muro que faz todo o paredão tem mais de dez metros de altura e a parte de cima ficou comprometida e as providências precisam ser tomadas com urgência. “A parte de cima está solta e precisa remover pelo menos dois metros para evitar acidentes. Nossa avaliação aponta a necessidade de redução da parede, especialmente porque a parte de cima foi danificada pelo incêndio”, destaca Araújo.
“O importante é que algo seja feito, porque a Defesa Civil se preocupa com os riscos para a população e devemos prevenir para que outras ocorrências não sejam registradas no local”, afirmou o Diretor da Defesa Civil, Capitão Wagner Martins Araújo.
A prefeitura informou que aguarda o laudo da Defesa Civil para que a altura do antigo paredão da Fepasa, na esquina da Avenida 22-A com a Rua 6-A, seja diminuída.
ÁREA
Atualmente a área servia como uma garagem de vagões velhos que deviam passar por reformas. Divergências surgiram para identificar a quem pertence o terreno. Porém, como confirmado até mesmo pela Defesa Civil, a posse do local é da Companhia Paulista de Obras e Serviços – CPOS, todavia, estava sendo utilizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para o depósito dos vagões.
A prefeitura busca, inclusive, identificar de quem é a responsabilidade e quem vai arcar com as ações que precisam ser feitas. Entre elas, além da remoção de parte do muro, a limpeza para a retirada dos restos das locomotivas.
De acordo com a CPOS, a área de 50 mil metros quadrados será colocada à venda tão logo a companhia consiga a documentação do espaço, processo já em andamento.
PREFEITURA
O prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, lembra que no mês passado conversou com representantes do CPOS sobre a situação do muro e pediu providências em relação à área, que é utilizada pela empresa Rumo, mas pertence à CPOS. O local reúne antigos vagões e outros equipamentos em desuso.
Com o incêndio desta semana, a quantidade de sucatas aumentou. “Iremos a Brasília solicitar ao DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] que tome providências para solucionar o problema”, informa Juninho. “Sabemos que os trâmites para a transferência das antigas oficinas da Fepasa já foram iniciados, mas enquanto isto não acontece, algumas providências precisam ser tomadas”, afirmou