A novela em torno da renovação de contrato de Lewis Hamilton com a Mercedes está muito perto de um final feliz para as duas partes. Mas para que o desfecho seja a continuidade da aliança mais vitoriosa da história da Fórmula 1 foi preciso que a Ineos, patrocinadora da escuderia de Brackley desde o ano passado e nova acionista, sendo dona de 33,3% da equipe, entrasse na jogada para atender às exigências salariais de Hamilton e ajudar a bancar parte do que é pedido pelo heptacampeão para assinar um novo vínculo. Quem informa é o jornal italiano Corriere della Sera.
De acordo com a publicação, Hamilton não abre mão de receber € 45 milhões (R$ 293,7 milhões). A quantia informada pelo diário italiano é um pouco maior que a informação trazida pelo periódico britânico Express, que dá conta de € 40 milhões (R$ 261,1 milhões) pedidos pelo britânico para colocar a assinatura no novo contrato.
Ocorre que a Daimler, empresa-mãe da Mercedes, não concorda em pagar o valor exigido por Hamilton na sua totalidade, uma vez que a matriz não deseja manter os custos elevados em tempos de incerteza econômica e de um panorama ainda bastante crítico para o mercado automobilístico. Por isso, a companhia presidida por Ola Kallenius tem como opção mais barata: George Russell, que impressionou a todos pela sua performance no GP de Sakhir, realizado no primeiro domingo de dezembro, em prova que o prodígio de 22 anos substituiu Lewis — que se recuperava após ter testado positivo para a Covid-19 — e quase venceu.
Só que a Ineos, nova acionista da Mercedes, não está disposta a deixar ir embora aquele que se tornou o piloto mais importante da história da Fórmula 1.
Pouco conhecida por aqui e com baixa influência na Fórmula 1, a Ineos é uma das maiores companhias multinacionais da Europa. Fundada em 1998 por Jim Ratcliffe, o homem mais rico do Reino Unido — com fortuna estimada em R$ 112 bilhões —, a empresa atua na área de produtos químicos, petroquímicos, gases e plásticos. O faturamento anual é de aproximadamente R$ 434 bilhões. Dinheiro, portanto, não é um problema.
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