Nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro os municípios paulistas estarão na fase vermelha da pandemia. A medida foi anunciada nessa terça-feira (22) pelo governo estadual e será seguida pelo município de Rio Claro, conforme informou a administração ontem.
Na fase vermelha, shoppings e comércio não irão funcionar; bares e restaurantes não poderão ter consumo no local; salões de beleza e barbearias também estarão fechados; não será permitida a realização de eventos, convenções e atividades culturais; atividades com aglomerações de pessoas também não poderão ser realizadas; e academias de esportes e centros de ginástica ficarão fechados. Poderão funcionar apenas serviços essenciais, como farmácias, supermercados e serviços de saúde.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio Claro, Antonio Carlos Beltrame, a atitude do governador João Doria é insensata. “É assim que consideramos essa medida. É uma medida que vai estragar o fechamento das vendas de Natal. Creio que faltou conhecimento ao governador. Para o comércio de rua, o sábado dia (26) teríamos apenas 9 horas de portas abertas. O comércio como sempre está pagando a conta”, declarou.
ESTADO
Além do regresso momentâneo à etapa mais restritiva de controle da pandemia, nenhuma região deverá retornar à Fase Verde – a penúltima na escala de abrandamento – durante o mês de janeiro.
Nos demais dias, todo o estado continua na Fase Amarela, a terceira das cinco estipuladas pelo Plano SP. A exceção é a região de Presidente Prudente, com 45 municípios que retornam de forma extraordinária para a Fase Vermelha a partir do dia 25 e permanecem até a próxima reclassificação em janeiro. A taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) para covid-19 na região de Prudente está em 83,1%.
Já a reclassificação do faseamento foi remarcada do dia 4 para 7 de janeiro. Como novos prefeitos assumem os cargos no primeiro dia de 2021, o governo do estado fará reuniões a partir do dia 4 para apresentação do Plano SP. A iniciativa visa garantir que as medidas restritivas sejam cumpridas em parceria com os municípios, que têm autonomia para ampliar o rol de restrições previstas no plano.
CASOS
De acordo com dados da Secretaria da Saúde, a taxa estadual de ocupação de UTIs atualmente é de 61,9%, com aumento para 67% na Grande São Paulo. São 4.775 internados na rede estadual em leitos de UTI e outros 6.215 em enfermarias – os dados se referem tanto a casos suspeitos como pacientes confirmados com coronavírus.
São Paulo já registrou 1,39 milhão de contaminados desde o início da pandemia, com 45.395 mortes até agora. No Brasil, os casos confirmados ultrapassam 7,26 milhões, com pouco mais de 187 mil mortes em decorrência da COVID-19.
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