Rio Claro tem 161 mortes decorrentes da Covid-19 e 6.080 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus, sendo que 32 casos foram confirmados nas últimas 24 horas. Os números estão no boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nessa sexta-feira (18). Os mais recentes óbitos pela doença no município são de dois idosos e de duas idosas. Uma das mortes foi registrada nas últimas 24 horas e um óbito que tinha a causa investigada foi confirmado como sendo provocado por coronavírus. As outras duas mortes foram registradas nesta semana e as notificações foram recebidas pela Vigilância Epidemiológica nessa sexta-feira (18).
O município tem 54 pessoas hospitalizadas, incluindo casos suspeitos, sendo 19 pacientes na rede pública e 35 na rede particular. Deste total, 17 pessoas estão em UTI. Desde que a pandemia teve início, 5.549 pessoas se recuperaram da Covid-19 em Rio Claro.
A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização.
INTERNAÇÕES
Segundo o boletim Anti-Covid da Unesp Rio Claro, durante o pico da pandemia em Rio Claro, os hospitais particulares absorveram a maior parte das internações relacionadas à Covid-19 e síndrome gripal. Em setembro, com redução substancial de internações particulares a tendência se inverteu. Desde a Semana da Pátria, o maior número de internações era maior no sistema público. Contudo, desde o início de dezembro, o número de internações nos hospitais particulares voltou a superar a dos públicos. Nota-se que as internações no sistema particular sofreram grandes oscilações: aumentaram bastante em julho, reduziram em final de outubro e aceleraram na primeira quinzena de dezembro. Por outro lado, as internações no sistema público sofreram menos oscilações.
“Em Rio Claro, cerca de 55% da população não têm plano de saúde e depende do SUS. Cerca de 45% tem plano de saúde e compõem a camada com maior poder aquisitivo, a maioria de 70% com custeio parcial ou total do empregador, portanto com emprego formal. A mudança no perfil de internações é um indicador da camada da população mais afetada pela pandemia”, ressalta o professor da Unesp RC, Eduardo Kokubun.
De acordo com o professor, a maior oscilação nos hospitais particulares sugere que as camadas menos vulneráveis de Rio Claro, com maior poder aquisitivo e trabalho formal foram os que mais mudaram de comportamento na pandemia. “Tudo indica que, em Rio Claro, assim como ocorreu em São Paulo, o repique da pandemia foi causado pelo retorno das atividades não essenciais como viagens, encontros para socializar em bares restaurantes e festas”, declara Kokubun.
Foto: Peter Ilicciev/Fiocruz