A Procuradoria-Geral de Justiça, com o apoio do GAECO (Núcleo Piracicaba) e da Polícia Civil, deflagrou nesta quarta-feira (16) operação para cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão temporária em Rio Claro em face do ex-chefe da Central de Compras do município, o advogado Valdemar Naidhig Neto, diante de indícios dos crimes de associação criminosa, fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros.
As buscas se deram na residência do advogado e também em seu gabinete na Central de Compras de Rio Claro.
Neto não foi localizado e, segundo informações, acha-se fora de Rio Claro desde a deflagração da primeira operação na cidade, em 02/12, quando ocorreram buscas e apreensões nas residências do prefeito de Rio Claro, João Teixeira Júnior, do chefe de gabinete, Silvio Aparecido Martins, e do secretário de economia e finanças, Gilmar Dietrich, e nos respectivos setores da prefeitura. Os três foram suspensos liminarmente do exercício das funções, assim como Valdemar Neto, em recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A ação é decorrente das investigações iniciadas pelo Ministério Público de Contas que apontaram ilegalidades na compra de EPIs pelo município de Rio Claro, em razão da pandemia da Covid 19, num total de R$ 4 milhões.
Valdemar Neto é tido como um dos responsáveis por negociar com o empresário Adriano Pimenta, que foi preso temporariamente (10/12) após ser localizado pela Polícia Militar num hotel no centro de São Paulo.
Adriano Pimenta utilizou de empresas em nome de terceiros para participar do procedimento de dispensa de licitação, entre elas a que firmou contrato com o município, em nome de funcionário do empresário Wilson Cleto da Silva, constituída apenas em fevereiro de 2020, conhecido de Pimenta.
A Procuradoria-Geral de Justiça designou por duas vezes interrogatórios para ouvir o prefeito João Teixeira Júnior, Silvio Aparecido Martins e Gilmar Dietrich, adiados a pedido da defesa.