O Dia da Astronomia no Brasil é comemorado neste 2 de dezembro. Uma palestra será ministrada pelo professor de física, astronomia e divulgador científico Fabrizzio Montezzo de Rio Claro que também é membro da Sociedade Astronômica Brasileira. “Convido a todas as escolas, alunos, professores, astrônomos amadores, apreciadores da astronomia e público em geral para a palestra. O evento faz parte de uma ação nacional promovida pela Sociedade Astronômica Brasileira (S.A.B.) pelos seus sócios e membros, em comemoração ao Dia da Astronomia no Brasil. O dia 2 de dezembro é uma data em homenagem ao nascimento do imperador Pedro de Alcântara, Dom Pedro II (02/12/1825 – 05/12/1891), considerado um astrônomo amador e o patrono da astronomia brasileira”, declarou ao Diário do Rio Claro.
Na palestra, Fabrizzio Montezzo falará sobre fenômenos astronômicos de dezembro de 2020 que poderão ser observados e sobre a necessidade de preservar a qualidade do céu noturno para observação tanto a vista desarmada como pelos telescópios.
Montezzo esclarece também que neste mês de dezembro ocorrem fenômenos interessantes para Rio Claro. “Os dias 5 e 6 de dezembro são dias que o sol estará mais a pino, ou seja, uma situação astronômica peculiar, aqui em Rio Claro devido a nossa localização no Globo terrestre e nossa latitude. No dia 14 de dezembro teremos o eclipse parcial do sol aqui para nossa região de Rio Claro e vou transmitir ao vivo pelo youtube se a condição meteorológica permitir”, disse.
Um fenômeno astronômico que não acontece desde a Idade Média poderá ser observado no dia 21 de dezembro, logo após o pôr do Sol: a proximidade entre Júpiter e Saturno fará com que esses dois corpos celestes pareçam um planeta duplo.
A proximidade entre os dois planetas já está ocorrendo e, entre os dias 16 e 25 de dezembro, a percepção será de que eles estarão separados por menos do que um diâmetro de lua cheia. “Na noite de maior aproximação, em 21 de dezembro, eles se parecerão com um planeta duplo, separados por apenas um quinto do diâmetro da lua cheia”, explica o astrônomo da Rice University, Patrick Hartigan para a Agência Brasil.
Embora as melhores condições de visualização sejam próximas ao Equador, o fenômeno poderá ser observado em qualquer lugar da Terra, se o clima permitir. Hartigan explica que a dupla planetária aparecerá baixo no céu ocidental por cerca de uma hora após o pôr do sol todas as noites. “Para a maioria dos observadores do telescópio, cada planeta e várias de suas maiores luas estarão visíveis no mesmo campo daquela noite”, acrescentou.
Segundo o astrônomo, alinhamentos entre esses dois planetas são bastante raros. “No entanto, esta conjunção é excepcionalmente rara por causa da maior proximidade entre eles. Você teria que voltar até um pouco antes do amanhecer de 4 de março de 1226 para observar um alinhamento mais próximo entre esses objetos visíveis no céu noturno”, complementou.
Foto: Nasa