O “Dia Nacional do Doador de Sangue” é comemorado em 25 de novembro, com a finalidade de agradecer aos voluntários e ressaltar à sociedade sobre a importância do gesto da doação. O mês de novembro foi escolhido para sediar a data por preceder um período apontado pela baixa nos estoques dos bancos de sangue, devido as férias e feriados de fim de ano.
Infelizmente o Estado de São Paulo sofreu com a baixa nos estoques de sangue durante todo o ano de 2020. A Fundação Pró-Sangue, instituição voltada às áreas de medicina transfusional e terapia celular – subordinada à Secretaria da Saúde –, opera atualmente com 30% de sua capacidade, impactando diretamente no tratamento de diversos pacientes.
Conscientes da importância deste gesto para a sociedade em geral, os policiais civis Daniel Aguiar e Luís Ipólito, os militares Sargento Lopes e Cabo Fernanda e os Técnico-Científicos Luís Aviles e João Valentim realizam há anos ações de doação de sangue para os bancos de suas respectivas cidades. As colaborações, como eles mesmo definem, tem o objetivo de zelar, mais uma vez, pela segurança e bem-estar da população paulista.
Doadores da Polícia Civil
Aos seus 39 anos de idade, o agente de telecomunicações Daniel Aguiar é doador de sangue há pelo menos 20 anos. Atuando no Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), na Capital, o policial considera o gesto uma nova forma de ajudar as pessoas e, embora seja algo indireto e invisível, a satisfação para ele está em saber que alguém que precisa foi amparado.
“Para mim significa poder estar fazendo o bem de maneira anônima, sem promoção pessoal ou recompensas. Doar é saber que alguém poderá estar vivo por sua causa e para mim este é o maior significado”, explica o policial.
A relação do agente com a doação teve início após sua falecida mãe ser internada por problemas de saúde e precisar de sua colaboração para receber sangue. “Foi quando soube da minha condição de doador universal e resolvi sempre que possível ir fazer este gesto de amor ao próximo. Atualmente faço doações junto com minha namorada e temos o maior prazer de ir ao Hemocentro ”, completou.
Também preocupado com o bem-estar e qualidade de vida da população, o policial Luís Ipólito, 50 anos, doa sangue desde 2009 na cidade de Ribeirão Preto. Ele, que é investigador de polícia na Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) da cidade, considera o gesto um dever de todo cidadão como sociedade.
“Faço parte de uma sociedade e, portanto, acredito ter o dever de participar assiduamente em situações que o cidadão possa fazer a diferença. Acredito que em meu trabalho como policial, além de cumprir meu dever inerente a profissão, devo agir também como cidadão e, logicamente, me colocar no lugar de outras pessoas”, conta o investigador.
“A doação é um ato de puro altruísmo. Isso nos traz uma satisfação que está além do que pode ser escrito. É aquele sentimento de ser útil em um mundo em que as pessoas esquecem que são humanas e suscetíveis as surpresas do dia a dia, como a que vivemos neste ano de 2020”, conclui o policial.
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