Curiosamente a maioria das pessoas são influenciadas pelo que ouvem,veem e sentem e assim passam o dia todo recebendo diversas informações a respeito do que acontece a sua volta. E a maioria das informações que recebemos são negativas e necessitamos estar atentos a isso.
Quando recebemos um elogio fica até difícil aceitar naturalmente porque não estamos acostumados com isso. Quando você diz algo como elogiando uma pessoa que ela tem os olhos bonitos, por exemplo, a resposta normalmente é: “Ah! São seus olhos!” Percebe a dificuldade, não é?
Nos treinamentos que administro em Neurolinguística, um dos jogos que praticamos é o Expandindo seu Poder Mental, baseado no método desenvolvido por Mike Gelb. O malabarismo equilibrando três bolas de tênis em cada mão, oferece um reflexo imediato de como o nosso cérebro lida com uma nova tarefa de aprendizagem.
Essas aulas são divertidas e o aspecto interessante diz respeito às reações dos participantes ao meus elogios que recebem, dizem: “Não estava tão bom assim!”, “Nunca vou ser bom de verdade”, “Eu poderia ter sido melhor”. Qual é o tema comum em todas essas respostas? A negação do eu! O surpreendente nesse tipo de reação é que, por melhor que seja a execução, a pessoa sempre nega a excelência apresentada.
A crítica normalmente abala a identidade de uma pessoa diferentemente de um elogio mesmo sendo difícil de ser aceito. A crítica desenvolve uma vibração muito baixa de quem recebe e pode até ficar abalada e quem a faz na maioria das vezes não tem muito progresso na vida.
Isso me recorda quando estudei em Ribeirão Preto, um aluno de classe que fizemos amizade era filho de um imigrante italiano que chegou ao Brasil praticamente sem nada e depois de um tempo conseguiu montar um império agropecuário.
A fazenda era administrada por um primo dele. E todos os dias em que estivemos lá apresentava todos os pontos da fazenda e sempre falava sobre os defeitos do dono, dizendo a todo tempo que ele não sabia administrar e que poderia ganhar mais dinheiro com a propriedade.
Eu escutava aqueles comentários negativos sobre o proprietário e perguntei a um dos amigos que conhecia a família há mais tempo e comentei: “Caramba, como o administrador entende de fazenda! E o pai do nosso amigo que pena, está completamente ‘por fora’”. Então, ouvi uma resposta que nunca mais esqueci: “Bobagem. Os dois chegaram juntos da Itália. Só que um fez um império agropecuário e o outro só fez fofoca. Desde então, aprendi a prestar mais atenção nas pessoas realizadoras e não a quem alardeia grandes feitos, porém não realiza nada. Acredite em seus sonhos. Não seja mais um a se perder em bons propósitos. Ter uma boa ideia e somente criticar os outros não é nada, até que você realize. Pense nisso!