A Federação Internacional de Judô (IJF, sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira (11) o cancelamento do Grand Prix de Zagreb – que substituiria o Grand Slam de Tóquio, entre 11 e 13 de dezembro – e a suspensão do circuito mundial da modalidade até o ano que vem. O motivo é o aumento de casos do novo coronavírus, causador da covid-19, na Europa e nos Estados Unidos.
“Infelizmente, a crise de saúde global está piorando em muitas partes do mundo. Mais e mais países têm sido obrigados a tomar medidas drásticas, como o lockdown, para interromper a disseminação da covid-19. Nas condições em que eventos são proibidos, locais estão indisponíveis e, em alguns casos, mesmo treinar tem sido impossível, decidimos que nenhuma outra competição do circuito será organizada neste ano”, informou a IJF, em comunicado divulgado no site oficial da entidade.
A pandemia já havia forçado a interrupção do circuito entre março e outubro, quando o Grand Slam de Budapeste marcou o retorno das competições. Ainda segundo a nota da Federação Internacional de Judô, o foco está na realização do Masters, marcado para janeiro em Doha, capital do Catar, que reunirá os atletas mais bem colocados no ranking mundial da IJF.
“[Suspender o circuito] é uma decisão difícil de ser tomada, após o sucesso do evento na Hungria há algumas semanas. Mas vemos a maioria dos países lutando para eliminar a pandemia, e a segurança da família do judô vem primeiro. Mais uma vez, temos de ser resilientes e respeitar os esforços dos governos, de forma a preservar a saúde da população mundial”, declarou, no mesmo comunicado, o presidente da IJF, Marius Vizer.
“Esperamos que seja possível reunir a comunidade judoca em Doha, com os melhores atletas do mundo competindo pela classificação olímpica”, concluiu o dirigente da UF.
Apesar da suspensão do circuito mundial, o Campeonato Pan-Americano da modalidade está mantido. A competição será realizada entre 19 e 22 deste mês em Guadalajara, no México. O Brasil estará representado por 17 judocas.
Por Agência Brasil / Foto: Reprodução Twitter/CBJ/IJF.ORG