Bom dia, queridas leitoras e leitores do Diário! Enfim, sexta-feira! Hoje vamos de leite gelado e bolachinha cream craker. Calor danado esse! Ufa! O café, fica pra depois. Talvez, ao final da tarde.
E sobrevivemos a mais uma semana. É de que trata a vida em tempos de pandemia: sobreviver. Melhorou, mas ainda não está bom. Preocupa a todos que, na Europa, já tem início a segunda onda, enquanto nós, brasileiros, ainda nos debatemos com a primeira.
Há uma expectativa muito boa sobre a possibilidade de uma vacina eficaz garantir a proteção de todos e permitir que o medo se afaste em definitivo e a vida volte à normalidade.
E pensar que tantas vezes num passado recente reclamamos da normalidade da vida, da rotina estafante, embora necessária, à qual todos nós estamos inseridos. Estudar, trabalhar, produzir e consumir, a necessidade de todos nós.
Sobre estas bases, inclusive, se fundamentou a sociedade humana, desde o século XIX, com o advento da revolução industrial. Mas houve quem ousasse contrariar a regra. Adoro esses caras. Se me sobrasse coragem, eu seria um deles, rebelde. Óh!
O nome do sujeito ao qual me refiro, atento leitor, era Henry David Thoureau (1817-1862). Viveu 44 anos, mas, aos 27, resolveu ir morar no meio do mato, numas terras emprestadas pelo seu amigo, o filósofo Ralph Waldo Emerson, talvez o mais influente filósofo da mentalidade norte-americana, vigente até hoje, que pode ser resumida da seguinte forma: “Chore a mãe do adversário, a minha não”. Naquele local bucólico, esperava Thoureau se deparar com os fatos essenciais da existência humana. Mas que bonitinho! Terá conseguido? O leitor saberá mais adiante.
Thoureau construiu então sua cabaninha, plantou pra comer e viveu assim por um tempo, longe da rotina autopredatória, que o homem da cidade criou para si. A experiência lhe rendeu o livro de sua autoria, “Walden”, também conhecido como “A Vida nos Bosques”, publicado no Brasil, em 2018, pela Edipro, com 287 páginas, uma capa sugestiva e boa tradução e notas de Alexandre Barbosa de Souza.
As bibliotecas públicas de Rio Claro possuem o livro em seus acervos. Esse que estou lendo, tomei emprestado de meu amigo Maurício Beraldo, sabendo ele do meu interesse em estreitar a vivência e os laços afetivos que já possuo com a natureza. Conheço pessoas, inclusive, que, em face à realidade do mundo atual, tem procurado, aqueles que podem, se estabelecerem longe das cidades. É uma boa, meu camarada. Pode crer. Chutar o balde da vida civilizada e viver em meio à natureza, da qual somos parte, ainda que tenhamos, em meio à tanta tecnologia e modernidade, nos esquecido disso. Talvez, eu também, possa um dia fazê-lo. Assim espero.
Agora, falando um pouco sobre esporte, essa coisa fascinante que nos ajuda a distrair um pouco a mente e sair da rotina, o nosso valente Velo Clube de Rio Claro vai à campo neste sábado, às 17 horas, no estádio Benitão, em importante disputa contra a forte equipe do E.C. Noroeste de Bauru, a líder geral da competição. Vale uma vaga na série A2 do Campeonato Paulista do próximo ano. Serão 2 jogos, um aqui e outro lá. Se passar pelo Norusca, além do acesso, o nosso galo de vitórias mil terá direito a disputar o título da competição contra o vencedor da disputa entre E.C São Bernardo e Comercial F.C. Toda a nossa torcida em favor do mais querido de Rio Claro.
Saindo dos gramados para as águas cristalinas do Parque Lago Azul, agora revitalizado e entregue à população. Esperamos que o rio-clarense e visitantes de outras localidades, tenham zelo pelo espaço, que é público e, contribuam para a sua boa manutenção, que é tão ou mais difícil do que tê-lo construído ou reconstruído. Poucas cidades do interior paulista tem um espaço voltado à arte e à cultura como o Centro Cultural Roberto Palmari, inserido no complexo Parque Lago Azul. Lazer e cultura no mesmo espaço e, agora, bem cuidado. É preciso saber valorizar isso. E desfrutar também. Um ótimo final de semana a todos.