Um dos assaltos foi registrado na quarta-feira (7), após a motorista de aplicativo que atua na área há dois anos receber uma chamada. Muito traumatizada, a profissional conversou com a equipe do Diário do Rio Claro e relatou os momentos de tensão. “Cheguei no local mandei mensagem e o passageiro respondeu que estava chegando, assim que entrou dei início a corrida e ele já colocou a faca no meu pescoço e disse que se eu tentasse qualquer coisa ele me cortava toda na faca”, contou a vítima que terá sua identidade preservada.
Em seguida, o criminoso mandou a mulher fechar os vidros e parar o carro. “Eu tive muito medo, pedi pra ele me deixar descer e podia levar tudo. Nisso tinha um senhor saindo para colocar lixo na rua, aí o assaltante me mandou descer do carro e que andasse devagar. Antes disso ele já tinha roubado meu celular, dinheiro e cartão. Quando ele saiu com meu carro ele jogou minha bolsa, mas a chave do carro estava dentro da bolsa. O meu carro é automático e se a chave não tiver próximo começa a avisar que não detectou a chave, com isso depois ele abandou o veículo em outro ponto e conseguiu fugir”, relatou.
A vítima assim que desceu do carro gritou por socorro, uma mulher a viu, emprestou o celular, foi quando a motorista conseguiu ligar para a polícia. “Eu passei a placa do veículo pra polícia, que localizou o carro logo depois”, disse.
A mulher foi rendida pelo indivíduo na Rua F, região dos bairros Novo Horizonte e Parque das Palmeiras. Depois de vivenciar os momentos de medo, o risco da profissão tem feito a motorista repensar o futuro. “Eu preciso trabalhar, mas não sei se vou voltar, estou com muito medo”, disse.
No dia 12 de setembro, por volta das 22 horas, uma outra motorista de aplicativo foi vítima de sequestro relâmpago. Quando chegou no local solicitado, no bairro Santa Elisa, ela foi rendida, depois de ameaças, teve seu veículo roubado e a mesma foi abandonada. Um dos indivíduos foi detido, o carro localizado. A vítima foi encontrada por um colega de profissão durante a madrugada do dia 13 de setembro.
SUSTO
Uma outra motorista enfrentou um grande medo também durante uma corrida na sexta-feira (10). “Ela pediu socorro no grupo. No relato, contou que recebeu um chamado de uma mulher no Guanabara, mas quando chegou no local viu dois homens brigando e decidiu ir embora, quando ela foi sair, um dos homens entrou no carro correndo e disse que era para correr que os outros eram assassinos e que iam matá-lo. Ela desesperada saiu e quando foram sentido a cidade, surgiram dois indivíduos de moto, na frente do carro e um deles jogou um tijolo, amassou o carro e quebrou o vidro, foi quando ela pediu socorro no grupo e foi para delegacia. Lá ela explicou a situação para o delegado e o passageiro que estava junto disse que ele não era bandido, mas que os outros dois queriam mata-lo”, contou uma colega de profissão.
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“Ainda sinto dificuldades de falar a respeito sem entrar crise. Porque vem tudo na minha mente, o medo, o pavor. Estou traumatizada”.