A figura paterna sempre é muito questionada. Se é ou não presente, se faz ou não a sua parte perante a educação dos filhos, se divide ou não as tarefas em casa, e por aí vai. Na verdade, passou-se a época em que o pai era apenas o suporte financeiro: trabalhar fora e cuidar do sustento da família. E quem realmente assume a paternidade gosta de compartilhar todos os momentos sim.
O empresário José Antônio Nolasco, de 62 anos, já era muito presente na vida do filho Rafhael Wiebeck Nolasco, de apenas cinco anos,
mas uma peça do destino o levou a ser muito mais que um pai para o menino. Agora, desenvolve os dois papeis: de pai e o de mãe. Isso porque a esposa faleceu há cinco meses e ele se viu na missão de estar muito mais atuante e ao lado do menino. “No começo, eu me desesperei, não sabia como ia fazer, pois desempenhar o papel de pai, mãe e empresário não é fácil, mas Deus sabe de todas as coisas”, relata ele que também é pai um filho de 37 anos e uma filha de 39.
E não tem sido fácil mesmo. A rotina é puxada e corrida. Ele teve que aprender a cuidar do filho, de todos os cuidados de alimentação, higiene do pequeno, dar conta de uma casa grande, aprender lavar, passar, cozinhar e todos os outros afazeres. Mas Nolasco, nem por um momento, reclama da situação e encara de outra forma. “Aos poucos, tudo vai se encaixando. O projeto que Deus colocou em minha vida como um aprendizado”, afirma.
E a recompensa vem de forma simples e singela. “A cada sorriso, cada carinho que recebo do meu filho vale a pena todos os esforços”, declara Nolasco.
Diante da situação, Nolasco passou a olhar de outras formas a figura da mãe e, principalmente, àquelas que não contam com a presença do pai ao lado nos cuidados com os filhos. “Hoje sei como é a vida de uma mãe solteira. É muito difícil”, ressalta Nolasco.
Escolher exemplos para representar a data não é tarefa fácil. Além do Nolasco, trazemos também a satisfação do mecânico de motos Jairo Marciel Cazonatto, de 54 anos, que relata o orgulho de estar sempre com a filha Bianca Pereira Cazonatto, de 5 anos, que já herdou do pai o espírito aventureiro e o amor tem amor pelo motociclismo. “Esta paixão está no DNA de pai e mãe e o meio onde ela convive”, explica.
Ele também é pai da Caroline Maronesi Cazonatto, de 24 anos, e quando pequena também já frequentava os encontros de moto com Jairo. Hoje, morando em Campinas com a mãe, já não fica tão fácil.
Bianca é filha do segundo casamento de Cazonatto. Mas, antes da chegada da pequena, ele e a esposa, Josiane Cazonatto, que também é motociclista, adiaram os planos um pouquinho. “Ela era vice-presidente de um clube de motociclista e viajámos bastante. Aí adiamos a ideia de ter um bebê”, afirma.
Bom, mas esse é um capítulo à parte, porque a menina chegou e, há cinco anos, tem transformado a vida do casal. Nem precisa dizer que é para melhor. O amor das irmãs é um dos pontos mais admiráveis por Jairo. “A Carol, desde sempre, nos pediu uma irmãzinha, até que em 2012 a Josi engravidou e, em julho de 2013, a Bibi chegou. Isso fez com que a Carol se reaproximasse muito de nós. Elas se adoram”, relata Cazonatto.
Hoje, ele sabe descrever ainda mais o que é ser pai. “Para mim, ser pai é o mais puro e dedicado amor eterno”, avalia. Mas ele deixa bem claro. “Sou bem aventureiro, mas, ao mesmo tempo, exigente e cuidadoso”, salienta.
E a pequena Bianca, mesmo com a pouca idade, já carrega também outros valores. “Nossa relação é bem estreita. Desde pequena, a Bibi sempre participa de tudo que fazemos. Inclusive, nos ajudava a cuidar de minha mãe acamada enquanto ela ainda estava viva”, conta.
E se depender dos dois, nesta relação ainda virão muitas aventuras. “Ela sempre nos acompanha nos encontros de moto. Hoje ainda vamos de carro, pois ela não tem idade ainda para andar de moto ou triciclo. Mas, cada vez que vamos em algum lugar que ela pode dar uma voltinha, ela aproveita e ama. E já avisa que a garupa é dela, que a mamãe vai ter que ir em outra moto. E que quando ela crescer, o triciclo é dela”, diz.
Alguém tem dúvidas que Bianca ganhou, além do coração do papai, o triciclo também?