OMS elogia AstraZeneca por pausar testes de vacina contra covid-19
A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, disse hoje (15) que a decisão da AstraZeneca de interromper os testes globais de sua vacina experimental contra o coronavírus, após reação adversa séria em um dos participantes do estudo, mostrou que a empresa estava priorizando a segurança.
“Isso é o que queremos ver com os testes, é um teste bem conduzido. A segurança é sempre crítica, é crucial e eles olharam para isso de maneira apropriada”, disse Margaret Harris a jornalistas em Genebra.
Questionada sobre o uso de vacinas experimentais para covid-19 na China e na Rússia, ela afirmou que “a OMS gostaria que as vacinas se confrontassem para que possamos ter informações claras e ver esses resultados uns contra os outros.”
Professor da Fatec Sorocaba adapta máscara de mergulho para tratar COVID-19
O enfrentamento da pandemia tem possibilitado o desenvolvimento de soluções baratas e de alto impacto para o tratamento da Covid-19. O coletivo Motirõ, formado por profissionais de diversas especialidades, está transformando máscaras de mergulho em equipamentos de ventilação não invasiva (VNI) para pacientes infectados pelo novo coronavírus. O grupo já produziu e distribuiu 2.500 máscaras para mais de 100 hospitais da rede pública do país.
A máscara VNI garante benefícios como segurança, baixo custo, escalabilidade e mais conforto ao paciente. “Esta terapia é uma opção adequada ao infectado menos grave e o seu uso pode evitar a necessidade de intubação”, explica o professor da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Sorocaba, um dos colaboradores do Motirõ, Elvio Franco.
A máscara adaptada cobre todo o rosto e proporciona vedação completa garantindo mais segurança à equipe de profissionais de saúde e podendo ser utilizada também em enfermarias.
A adaptação da máscara de mergulho é feita por meio da substituição do snorkel (tubo respirador) por válvulas produzidas em impressoras 3D e encaixadas diretamente em ventiladores mecânicos. A mudança na peça inclui ainda a colocação de um filtro para controlar a saída de ar e reduzir o risco de contaminação do ambiente por aerossóis eliminados pela expiração do paciente.
A produção deste tipo de equipamento é open source e está acessível na internet para ser reproduzida. Com apoio de empresas e entidades, os voluntários do coletivo Motirõ continuam produzindo e distribuindo mais equipamentos para a rede hospitalar do Estado de São Paulo e outros catorze estados brasileiros.
SP atinge a marca de mais de R$ 1 bilhão em doações para combate ao coronavírus
O Governador João Doria anunciou na segunda-feira (14) a marca de R$ 1,1 bilhão em doações para o maior programa de doações humanitárias criado no Brasil durante a crise do coronavírus. Coordenada pelo Comitê Empresarial Solidário, a iniciativa realizou hoje sua 18ª reunião, onde foi anunciada a doação de mais de R$ 103 milhões, incluindo os mais de R$ 97 milhões para o projeto de ampliação da capacidade do Instituto Butantan na produção da vacina da COVID-19, liderado pela InvestSP e Comunitas.
“É um patamar inédito, jamais alcançado em um programa de doações humanitárias no Brasil em qualquer época. Um sucesso e demonstração de solidariedade do empresariado de São Paulo em relação à nossa população e um exemplo de integração de governo e da livre iniciativa”, disse Doria.
O Comitê Empresarial Solidário foi constituído logo no início da crise do coronavírus para organizar as doações de entes privados e sociedade civil. São aceitas doações em dinheiro, serviços e materiais, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado de Saúde. Todos os recursos e serviços doados são aplicados integralmente em estratégias de contenção da pandemia.
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