Reinfecções pelo novo coronavírus criam dúvidas sobre imunidade
Dois pacientes europeus foram confirmados como casos de reinfecção pelo novo coronavírus, criando dúvidas sobre a imunidade das pessoas enquanto o mundo luta para domar a pandemia.
Os casos surgidos na Bélgica e na Holanda vêm na esteira de um relatório de pesquisadores de Hong Kong nesta semana, a respeito de uma pessoa que foi reinfectada com uma linhagem diferente do vírus, quatro meses e meio depois de ser declarada recuperada – a primeira reinfecção do tipo registrada.
O fato provocou temores a respeito da eficiência de possíveis vacinas contra o novo coronavírus, que já matou milhares de pessoas. Especialistas dizem que seriam necessários muito mais casos de reinfecção para serem justificados.
Doria diz que vacina chinesa pode estar disponível no SUS em dezembro
O governador de São Paulo, João Doria, disse hoje (26) que a vacina chinesa contra o novo coronavírus, chamada CoronaVac, poderá estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de dezembro. Isso vai depender de resultados positivos da terceira fase de testes e de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No entanto, nem toda a população brasileira poderia ser vacinada em dezembro já que a produção ainda seria insuficiente. A expectativa é que inicialmente sejam disponibilizadas 45 milhões de doses, enviadas pela China.
“Se tivermos esta terceira fase de testagem bem concluída no final do mês de outubro, ou no máximo até a primeira quinzena de novembro, já em dezembro deste ano teremos a vacina disponível para a imunização da população brasileira. Nesta primeira etapa teremos acesso a 45 milhões de doses”, disse Doria. “Mas com a ressalva de que precisaremos ter a aprovação dessa terceira fase de testagem e aprovação também da Anvisa”, ressaltou Doria, em entrevista coletiva hoje no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Depois, caso seja aprovada, a vacina passaria a ser produzida no país pelo Instituto Butantan, que tem capacidade atualmente de produzir 120 milhões de doses, o suficiente para vacinar 60 milhões de pessoas (já que esta vacina seria aplicada em duas doses). O Butantan busca duplicar a sua capacidade de produção. Para isso ele precisa de doações de R$ 130 milhões da iniciativa privada. Até o final de julho, o estado arrecadou R$ 96 milhões da iniciativa privada para dobrar essa capacidade de produção.
A CoronaVac está na fase três de testes, feita em humanos, realizada no Brasil desde julho. Ao todo, os testes com a CoronaVac estão sendo realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e do Distrito Federal. A pesquisa clínica é coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo paulista.
Paraná quer realizar testes da fase 3 da vacina russa contra covid-19
O estado do Paraná pretende realizar os testes da fase 3 da vacina russa contra o novo coronavírus, batizada de Sputinik V. A informação foi dada hoje (26) pelo diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado durante uma audiência da comissão externa da Câmara dos Deputados que trata das ações de enfrentamento à pandemia.
Após o anúncio da vacina russa, o governo do Paraná firmou um acordo de cooperação com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) para a realização de testes, produção e distribuição da vacina em território brasileiro. De acordo com Callado, antes é preciso encaminhar os resultados das pesquisas com a vacina nas fases 1 e 2 para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).