O dia 8 de agosto, um sábado, marcou novamente a reabertura do comércio em Rio Claro, após o município anunciar o avanço para a Fase Amarela da flexibilização da quarentena. O primeiro dia, com funcionamento das 10 às 16 horas registrou filas em alguns estabelecimentos. Pela estatística do Governo do Estado, a taxa de isolamento no dia 8 foi de 41%, no dia seguinte, um domingo (9) chegou a 45%. Entre segunda e sexta daquela semana (dias 10 a 14) oscilou entre 38 e 41 por cento. Já no sábado, dia 15, o índice foi de 41%; e 49% no domingo (16). Na semana passada, na segunda (17), terça (18) e quarta-feira (19), o índice ficou em 39%, na quinta-feira (20) em 40%.
Na última sexta-feira (21), entrou em vigor decreto que permite a ampliação do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais no município. Ainda assim, com comércios funcionando por oito horas diárias, o isolamento se manteve em 39%. No sábado (22), foi registrado 42%, no domingo (23), 47% e na segunda-feira (24), novamente 39%.
Os municípios da região, conforme publicação do governo do estado, têm seguido a mesma média entre 35 e 39% como Araras (39%), Limeira (35%) e Piracicaba (37%). No Ranking dos municípios com índices maiores de isolamento na segunda-feira (24) aparece a cidade de São Sebastião com 54%.
Um dos maiores índices de isolamento em Rio Claro foi no dia 19 de abril com 62%, lembrando que neste período diversos serviços haviam sido suspensos.
Rio Claro entrou na fase amarela de flexibilização e com isso muitas atividades foram retomadas devendo todos seguirem as medidas de prevenção para evitar o aumento do número de casos do coronavírus.
Governo do Estado
Recentemente o Governo do Estado publicou informações para esclarecer uma fakenews. Coronavírus Sem Fake nº 10: É falso que pesquisa questione eficácia de isolamento. Conforme a publicação, postagens em redes sociais compartilharam conteúdo enganoso a respeito de uma pesquisa realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Esses sites distorceram o teor e dados do estudo, fazendo uma falsa relação entre a presença do coronavírus no ar e a necessidade de adotar medidas de isolamento social. De forma enganosa, as postagens sugerem que a pesquisa comprovaria que o confinamento torna pessoas vulneráveis à COVID-19, algo que o estudo não afirma em nenhum momento. A pesquisa citada foi tema de notícia publicada pelo jornal da USP, na quinta-feira (13) com o título: “Presença comprovada do coronavírus no ar reforça necessidade da boa ventilação de ambientes”.
Os testes foram realizados em ambiente hospitalar, no caso no Hospital das Clínicas da capital, para verificar se o coronavírus pode ficar suspenso no ar quando as pessoas conversam ou expiram – o que pode aumentar os riscos de transmissão da doença. Como se vê, os testes foram realizados em ambiente hospitalar, fechado, diferente do ambiente domiciliar (em que há menos aglomeração, por exemplo). Os testes constataram a presença do vírus no ar por horas, o que reforça, segundo os responsáveis pelos testes, a necessidade de ambientes fechados fazerem a devida renovação do ar. “Ou seja, garantir a ventilação adequada pode ser a maior arma na luta contra o coronavírus”, afirmou ao Jornal da USP o engenheiro Arthur Aikawa, CEO da Omni-electronica, startup que desenvolveu a tecnologia usada para monitorar a qualidade do ar. A Omni-electronica é residente na incubadora do Centro de Inovação, Ciência e Tecnologia (Cietec), instituição ligada à USP e ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Artigo científico com os detalhes dos testes feitos no Hospital das Clínicas está em processo de publicação, com previsão de conclusão para este mês. A pesquisa citada, portanto, em nenhum momento relaciona a presença do vírus suspenso no ar com medidas de isolamento nem tampouco sugere que o confinamento seja prejudicial. Recomendações para sair de casa somente quando necessário têm sido prática corrente em diversos países como uma das formas de evitar a propagação do vírus.
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