Responsável pela retração da economia em todo o mundo, a pandemia do novo Coronavírus está deixando marcas negativas na arrecadação dos municípios, principalmente referente ao ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza). Mas em Rio Claro, a realidade foi diferente nesse primeiro semestre. A cidade teve aumento de 3% na arrecadação do imposto entre janeiro e junho deste ano, em relação ao mesmo período de 2019. O valor foi de R$ 26,5 milhões. Apesar do crescimento, o número de notas fiscais emitidas caiu 9% no período.
A incerteza do momento também afetou quem estava pensando em abrir um negócio. Houve redução de 35% em novas inscrições municipais entre janeiro e junho deste ano, em relação a 2019. Por outro lado, houve queda no fechamento de estabelecimentos. 273 empresas solicitaram encerramento de inscrições em 2020, ante 413 no primeiro semestre do ano passado. “Apesar de animador, esse número pode não representar a realidade da economia. Muitas empresas podem estar esperando o retorno pleno das atividades para contarem os prejuízos”, diz Luiz Alberto Rodrigues, CEO da Eicon. De janeiro a junho de 2020 foram abertas 623 empresas em Rio Claro.
A crise gerada pela pandemia também é percebida na quantidade de notas fiscais eletrônicas de serviços emitidas. O montante chegou a 562 mil, uma retração de 9% em comparação com 2019. No semestre, as quedas mais acentuadas foram nos meses de abril e maio, em junho já é percebida uma melhora, indicando o início de uma retomada econômica.
NACIONAL
A pandemia do novo coronavírus provocou o fechamento de 522,7 mil empresas de um total de 1,3 milhão que encerraram suas atividades, temporária ou definitivamente, na primeira quinzena de junho. Os dados são os primeiros resultados da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas e fazem parte das Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número representa 39,4% do total e a maioria, 518,4 mil (99,2%) era de pequeno porte, que são as de até 49 empregados; 4,1 mil (0,8%) eram de porte intermediário, as de 50 a 499 empregados; e 110 (0%) de grande porte, que têm mais de 500 empregados. O setor de Serviços foi o mais atingido. Foram 258,5 mil (49,5%), seguido do Comércio com 192,0 mil (36,7%), 38,4 mil (7,4%), da Construção e 33,7 mil (6,4%) da Indústria.
De acordo com o IBGE, a estimativa é de que o país tinha, na primeira quinzena de junho, 4 milhões de empresas. Entre elas 2,7 milhões (67,4%) estavam em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15%) fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo. Ainda conforme a pesquisa, das empresas que encerraram definitivamente suas atividades, independente de motivo, as mais atingidas foram as de menor porte (715,1 mil ou 99,8%). O número cai bastante nas intermediárias (1,2 mil ou 0,2%) e nenhuma era de grande porte. Mais uma vez o setor de serviços alcançou maior proporção (46,7% ou 334,3 mil), seguido pelo comércio (36,5% ou 261,6 mil), pela construção (9,6% ou 68,7 mil) e pela indústria (7,2% ou 51,7 mil).
Foto: Divulgação