Orçamento do Governo de SP para pesquisa cresce 224% em 14 anos
O Governo do Estado de São Paulo repassou R$ 1,35 bilhão para a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo) no ano passado. Trata-se de um crescimento de 224% na comparação ao total repassado em 2005, quando foram destinados R$ 415.836.685 à Fapesp. O valor destinado em 2019 foi o maior desde então.
Neste ano, até o último mês de julho, a atual gestão já repassou R$ 804.478.658, o equivalente a 30% dos recursos previstos para a Fapesp em 2020. Com isso, a Fundação ainda tem em caixa cerca de R$ 1 bilhão para serem aplicados em iniciativas de apoio à pesquisa científica, um fôlego financeiro fundamental diante da urgência criada pela pandemia do novo coronavírus.
A Fapesp vem desempenhando um importante papel no combate ao coronavírus, conduzindo pesquisas em várias frentes. Com autonomia garantida por lei, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo está ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e é uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país.
Detentora de um orçamento anual correspondente a 1% do total da receita tributária do Estado, a Fapesp apoia a pesquisa científica e tecnológica por meio de Bolsas e Auxílios a Pesquisa que contemplam todas as áreas do conhecimento: Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciência Humanas, Linguística, Letras e Artes.
Total repassado por ano à Fapesp
2005: R$ 415.836.685
2006: R$ 463.471.016
2007: R$ 519.757.716
2008: R$ 623.367.940
2009: R$ 642.603.884
2010: R$ 754.697.236
2011: R$ 830.107.998
2012: R$ 893.844.658
2013: R$ 957.047.596
2014: R$ 998.745.173
2015: R$ 1.045.335.371
2016: R$ 1.057.714.553
2017: R$ 1.111.410.356
2018: R$ 1.179.770.908
2019: R$ 1.350.534.400
2020 (até julho): R$ 804.478.658
Anvisa autoriza testes para nova vacina da Johnson & Johnson
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Jansen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson, a realizar testes clínicos no Brasil para o desenvolvimento de vacina contra a covid-19. O estudo global prevê a inclusão de até 60 mil voluntários, sendo 7 mil no Brasil, distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
Em nota divulgada ontem (18), a Anvisa informou que os dados que embasaram a autorização incluíram estudos não clínicos com a vacina e dados não clínicos e clínicos acumulados de outras vacinas que utilizam a mesma modelagem. Os estudos da Jansen-Cilag foram iniciados em julho nos EUA e na Bélgica. De acordo com a agência, o ensaio clínico será conduzido em etapas e cada etapa só será iniciada se os resultados que estiverem disponíveis no momento forem satisfatórios.
Este é o quarto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no Brasil. No dia 2 de junho, a agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela empresa AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, do Reino Unido; no dia 3 de julho, o da vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech, da China, em parceria com o Instituto Butantan; e no dia 21 de julho, o das vacinas desenvolvidas pela BioNTech, da Alemanha, e Wyeth/Pfizer, dos Estados Unidos.
A potencial vacina da Jansen-Cilag, denominada Ad26.COV2.S, é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (Spike) do vírus Sars-CoV-2 (o novo coronavírus).
O ensaio clínico aprovado é um estudo de fase 3, randomizado, duplo cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança de Ad26.COV2.S na prevenção de covid-19 em adultos com 18 anos ou mais. Cada participante receberá uma dose única da vacina ou placebo. O recrutamento dos voluntários é de responsabilidade dos centros que conduzem a pesquisa.
Foto: Divulgação/Fiocruz