A saudosa pintora Ilara Luz Machado sempre foi muito querida e admirada por todos que tiveram o privilégio de conhecê-la e suas obras. Ela faleceu no dia 14 de agosto de 2007, aos 85 anos, e deixou uma vasta obra premiada.
Como boa professora que sempre foi, deixou famosos alunos (entre eles Ronaldo Ceribelli, Marcel Ohelmeyer, Linaura Pedrosa, Sandra Negrão, Sulamita Deiusti entre outros destaques das telas) e muitos ensinamentos.
D. Ilara foi diretora do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga por 20 anos, trabalhou na Pinacoteca Pimentel Junior (Casarão da Cultura) e em seu ateliê por 65 anos, tendo sido casada com o também saudoso e talentoso professor de Matemática, Victorino Machado, com o qual teve um filho, Victorino Júnior.
Em sua vida de muita produtividade, a artista deixou o mundo muito melhor e mais colorido do que o encontrou, além de muita saudade.
Hoje, passados treze anos de seu falecimento, o Diário traz interessantes curiosidades sobre duas das obras da pintora, contadas pela rio-clarense Maria Inês Barros:
“A maravilhosa Ilara, a grande pintora rio-clarense, cresceu em meio aos pincéis. Certa vez, encantou-se com a meiguice de Suzana, a menina que ajudava seu tio no Mercado Municipal e a retratou lindamente. Em outra ocasião, apareceu um dia em sua porta um pobre vendedor de alho. Ela não se interessou pelo produto, mas viu nele um bom modelo para um quadro. E lhe perguntou se poderia posar para ela. Ele então respondeu que sua mulher não permitia que dormisse fora de casa! (Ela havia dito que não queria alho, mas o pagaria pelo seu tempo). Depois de esclarecida a diferença entre posar e pousar, o quadro foi um sucesso!”
Foto: Divulgação/Reprodução