Separação de resíduos e os desafios da Coleta Seletiva e da Reciclagem
Com a pandemia e o isolamento social, o maior tempo em que a população passa em casa, acarretou na ampliação da geração de resíduos sólidos. No entanto, estamos nos deparando com um cenário entristecedor ao observar que materiais recicláveis estão sendo depositados em conjunto com o lixo comum.
É fundamental que a população faça a separação correta dos resíduos domésticos. Os motivos que dificultam a reversão desse cenário são inúmeros, porém a falta de informação da população, sobre a importância da coleta seletiva para o meio ambiente (através da reutilização e reciclagem de materiais) e para a geração de renda econômica a trabalhadores coletores, deve ser constantemente evidenciada.
Estudos realizados mostram que o brasileiro sabe da importância da coleta seletiva, principalmente, dos processos de reciclagem em benefício ao meio ambiente, mas isso não reflete nas práticas diárias, pois a grande maioria das pessoas não separa o lixo orgânico do inorgânico, e quando fazem a separação, na maior parte dos casos, ela se encontra incompleta e inadequada.
Dentro desse processo é fundamental que cada cidadão saiba sua responsabilidade. Temos que superar obstáculos como a falta de conhecimento de que materiais podem ser reciclados para que assim sejam separados e encontrem o destino certo. Se um número de pessoas cada vez maior tiver consciência do descarte desses produtos, maior será o impacto positivo no meio ambiente.
Parte considerável dos resíduos domésticos no Brasil acaba chegando a lixões e aterros, infelizmente, muitos destes que poderiam ser reciclados ou reaproveitados. Neste sentido, para que isso não aconteça, o lixo deve ser separado e descartado adequadamente. Como exemplo, os materiais que são retirados dos pontos de coleta seletiva e destinados a cooperativas de reciclagem, após triagem e tratamento, os materiais são vendidos para indústrias e transformados em novos produtos.
No Brasil a taxa de reciclagem é baixa, e isso decorre da ausência de estrutura física de coleta e triagem, de viabilidade econômica, de profissionais capacitados, de informação da população e de logística reserva, a efetivação e fiscalização de políticas públicas sobre o tema, são alguns dos muitos obstáculos ao crescimento do setor no país.
A população deve fazer sua parte, procurando cumprir com o calendário da coleta seletiva nos bairros; contactando se necessários os setores de informações responsáveis das prefeituras, separando os materiais recicláveis se houver disponibilidade direcionando diretamente aos Ecopontos, ou adequadamente acoplados em sacolas e depositados em frente às residências. Os coletores de materiais reciclados, que podem ser de cooperativas, associações ou autônomos utilizam estes materiais como fonte de renda e sustento para suas famílias.
Vale destacar que sobre o tema, no município de Rio Claro, há um veículo específico para coleta de reciclável, tendo cronograma constando os dias de recolhimento para cada setor da cidade, e tem-se a Cooperativa Cooperviva e a Associação Novo Tempo, com um quadro de trabalhadores coletores, envolvendo homens e mulheres.
Parte da população não tem conhecimento sobre quem efetivamente recicla os materiais e os transforma em novos produtos e também afirmam saber pouco ou nada sobre as cooperativas e associações de reciclagem e como se dão seu funcionamento e as etapas que envolvem este setor nas cidades.
Portanto, o futuro do meio ambiente e das gerações depende das nossas ações (da sociedade civil, das empresas, do setor público) no presente e fica esta frase para reflexão: “A reciclagem do lixo abre as portas rumo a um futuro mais promissor para a vida. Além de solução, funciona como mola propulsora de conscientização ambiental e comunitária.”
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