Teste de vacina contra o coronavírus começa em mais quatro centros
O Governo de São Paulo começa nesta semana os testes clínicos da vacina contra o coronavírus em quatro novos centros de pesquisa. O potencial imunizante está em fase final de pesquisa por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac Life Science.
A testagem coordenada pelo Butantan terá a participação de 9 mil voluntários e deve ser concluída entre o fim de outubro e o início de novembro. Dos 12 centros de pesquisa selecionados no Brasil, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o HC (Hospital das Clínicas) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP iniciam a pesquisa nesta quinta-feira (30).
No dia seguinte, é a vez da Universidade Municipal de São Caetano do Sul e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
O Emílio Ribas e o Centro da UFMG contarão com 852 participantes cada. Já a Universidade Municipal de São Caetano do Sul terá 652 voluntários, além de outros 500 no HC de Ribeirão Preto.
Projeto Despertai distribui mais 40 cestas
Na noite de segunda-feira (27), o Projeto Despertai entregou mais 40 cestas básicas no bairro Nações. Com isso, a instituição chegou às 500 cestas básicas distribuídas, somando mais de 12.500 quilos de alimentos não perecíveis, mais de 3 mil peças de roupas e mais de 3.500 litros de leite.
A arrecadação continua para que mais cestas sejam montadas e distribuídas. A campanha segue até dezembro e quem quiser colaborar pode entrar em contato pelo telefone 99676-1500 para que seja retirada a doação, ou levar até a sede do projeto, que fica na Avenida 48 SE número 210, no Santa Elisa.
Pesquisadores de SP vão rastrear genes ligados à replicação do novo coronavírus
Cientistas do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) da Universidade de São Paulo (USP) estão investigando quais são os genes determinantes para a replicação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) dentro das células dos indivíduos infectados.
“Vamos analisar todo o genoma da célula humana e identificar quais genes são importantes para o ciclo do vírus dentro da célula infectada. Trata-se de um estudo amplo e que, embora não traga respostas imediatas, vai no futuro aumentar muito a compreensão sobre o papel de cada gene na biologia do vírus”, diz à Agência Fapesp Thiago Mattar Cunha, pesquisador do CRID que lidera o estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
O CRID é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela Fapesp e sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
Mecanismos
Todos os vírus utilizam mecanismos da célula do hospedeiro para se replicarem. Isso não é diferente com o SARS-CoV-2. Apesar de o novo coronavírus ter capacidade de se multiplicar, ele não tem aparato enzimático, por exemplo, devido a sua estrutura simples, carência de um sistema de geração de energia e recursos limitados.
Dessa forma, quando uma pessoa é infectada, o vírus se aloja dentro da célula e precisa usar a maquinaria celular para fazer cópias do seu próprio material genético (no caso do SARS-CoV-2, um RNA). Só dessa forma é possível que ele complete esse ciclo de replicação e rompa a membrana da célula para fazer novas invasões, dando início ao processo inflamatório da doença.
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