A chegada do inverno deste ano acontece às 7h07 desta quinta-feira (21). Cobertores e roupas de frios já saíram do armário, com os dias frios que foram registrados. A temporada é uma expectativa para os lojistas que esperam aumentar as vendas. “Eu espero que faça bastante frio”, brinca proprietário de loja de produtos infantis Bianca Ramos Mello.
Segundo ela, com a mudança de tempo já conseguiram ter um bom resultado. “É um período que acaba se vendendo mais, até porque as peças de inverno são um pouco mais caras. Com a mudança climática tivemos aumento de 60% nas vendas”, relata Bianca.
Ela ressalta ainda que as mamães acabam se antecipando com as roupas dos filhos porque não tem jeito, crescem rápido e acabam perdendo. “As mamães estão investindo mais em roupas para o dia a dia mesmo, são camisetas de malha, calças de moletons. O básico vende muito, não estão investindo muito em roupas de sair. A Copa também tem ajudado em questão do movimento. Estamos vendendo camiseta do Brasil, às vezes, a mãe vem pra buscar só a camisetinha e acaba conferindo as novidades e garantindo mais roupinhas outono-inverno”, salienta a proprietária.
As lojas já estavam com a cara do inverno no final de março e muitos estabelecimentos já estão repondo as mercadorias. “Já vendemos mais da metade do esperado ainda no outono, agora com a chegada do inverno esperamos vender 70% do programado e 5% a mais do que no inverno passado”, declara o proprietário de loja no bairro Cidade Nova, Djalma Schio.
Segundo ele, os clientes da loja fazem as compras antecipadas. “Moletons infantis, cobertores de acrílico e pijama feminino são os produtos que mais saem, estamos fazendo a reposição”, diz Schio.
Quanto às compras para abastecer o estoque Schio disse que não teve problemas com valores. “Trabalhamos com grandes fabricantes então não somos surpreendidos com aumento de última hora, nosso fornecedores trabalham com preços justos”, disse.
Inverno
O Inverno chega com temperatura mínima de 12° e sem possibilidade de chuva. O decorrer da semana será com a mesma tendência: sem chuva. O inverno deve seguir com a principal característica de tempo seco.
A nota técnica sobre previsão climatológica feita pelo Grupo de Previsão Climática – GPC/CPTEC/INPE apresenta três região nas quais foram realizadas previsões para o próximo trimestre. No leste da região Nordeste do Brasil (leste dos estados do Rio Grande do Norte, da Paraíba, e de Pernambuco, centro-leste de Alagoas e quase todo Sergipe) a previsão é de chuvas abaixo da média climatológica. Sobre o estado do Rio Grande do Sul e centro-oeste e sudeste de Santa Catarina há uma tendência de as chuvas ficarem abaixo da média histórica. Essa mesma previsão ocorre para o norte de região Norte (Roraima, Amapá, norte do Amazonas e noroeste do Pará).
As demais regiões do Brasil não apresentam previsibilidade para o trimestre, desse modo não há como dizer se a precipitação estará acima, abaixo ou dentro da normal climatológica. Porém é importante ressaltar que para as regiões Centro-Leste e Sudeste, além dos sul das regiões norte e nordeste o período pertence à estação seca, não havendo necessidade de realizar previsão sazonal.
Em Rio Claro segundo dados fornecido pelo Ceapla, o inverno mais chuvoso foi registrado em 2009 com 246.8 milímetros de chuva. No ano passado o registro de chuva foi de 35.4 milímetros.
Mais frio?
O inverno de 2018 será o mais frio dos últimos anos. Essa afirmação está circulando muito nas mídias e redes sociais, mas será verdade?
Segundo Fabrizzio Montezzo, professor de Física, Astronomia e Meteorologia, é improvável que isso possa acontecer, pois não há nada de extraordinário que se possa acontecer, pelo menos previsto até o momento.
“O que está acontecendo na realidade desde fevereiro de 2018, é o enfraquecimento considerável do fenômeno La Niña, que é o oposto do El Niño, e faz com que a temperatura superficial do Oceano Pacífico se altere, causando mudanças significativas no tempo ao redor do planeta, no La Niña esfria e no El Niño esquenta”, informou o professor.