Brasil recebe 2 milhões de doses de hidroxicloroquina dos EUA
O Ministério das Relações Exteriores informou que o governo dos Estados Unidos entregou ao Brasil 2 milhões de doses de hidroxicloroquina, “como demonstração da solidariedade” entre os dois países na luta contra o coronavírus. De acordo com nota divulgada esse domingo (31) pelo Itamaraty, em breve, o país norte-americano também enviará mil ventiladores para o Brasil.
“A HCQ [hidroxicloroquina] será usada como profilático para ajudar a defender enfermeiros, médicos e profissionais de saúde do Brasil contra o vírus. Ela também será utilizada no tratamento de brasileiros infectados”, diz a nota.
O ministério também anunciou um esforço de pesquisa conjunto entre Brasil e Estados Unidos que incluirá testes clínicos controlados randomizados, para avaliar a segurança e eficácia da droga, tanto para a profilaxia quanto para o tratamento precoce do novo coronavírus. O desenvolvimento de uma vacina também será objeto desse esforço entre os dois países, conforme ressaltou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Twitter.
União comprou R$ 1,907 bi em insumos de combate ao coronavírus
As compras pela União de insumos de saúde ligados ao enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (covid-19) totalizaram R$ 1,907 bilhão em quase cinco meses, revelou levantamento divulgado ontem (1º) pelo Ministério da Economia. Desde 7 de fevereiro, quando foi publicada a Lei 13.979, que trata das medidas emergenciais de saúde pública, o governo federal promoveu 3.865 processos para a aquisição de 11,5 mil equipamentos e de 847 serviços.
Quase a totalidade das compras especiais ocorreu com dispensa de licitação, mecanismo previsto na lei emergencial. A aquisição por meio dessa modalidade somou R$ 1,806 bilhão. O governo comprou R$ 78,27 milhões por meio de pregões eletrônicos e R$ 23,49 milhões por meio da inexigibilidade de licitações, quando a contratação direta é autorizada por falta de competidores.
Os insumos de saúde mais adquiridos foram álcool etílico, luvas e máscaras. Os órgãos que mais compraram insumos no período da pandemia foram a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com mais de R$ 667,5 milhões; seguido do Ministério da Saúde, com R$ 243,5 milhões.
Robovid-19 criado pela UFF tira dúvidas sobre novo coronavírus
O Grupo de Pesquisa Estudos sobre Vivência e Integralidade Dedicadas à Enfermagem, Criança, Infância, Adolescentes e Recém-nascidos (Evidenciar), vinculado ao curso de graduação em enfermagem do Polo da Universidade Federal Fluminense de Rio das Ostras (Puro/UFF), estado do Rio de Janeiro, desenvolveu um canal de comunicação digital batizado Robovid-19, cujo objetivo é tirar dúvidas da população sobre o novo coronavírus.
Segundo disse ontem (1º) à Agência Brasil a professora Aline Cerqueira Santos Santana da Silva, coordenadora do trabalho, a ferramenta possibilita que as pessoas tenham acesso a informações confiáveis sobre a pandemia da covid-19.
Para responder as dúvidas da população, foi feito um levantamento em bases de dados existentes sobre a doença, além de acompanhar a liberação de documentos, diretrizes e normas liberadas tanto em âmbito internacional, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como interno, pelo Ministério da Saúde. “Porque são os órgãos considerados competentes de saúde no Brasil e no mundo, para a liberalização de informações confiáveis e seguras”.
O grupo acompanhou também páginas do ministério e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que são atualizadas diariamente, com dúvidas vinculadas à pandemia, além de números sobre casos confirmados e óbitos. Em contato ainda com a população, o grupo pôde enriquecer o trabalho. As notícias veiculadas pela imprensa também alimentaram a ferramenta.