Termina primeira etapa de levantamento nacional sobre covid-19
Terminou ontem (19) a primeira etapa do levantamento Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional. Até segunda-feira (18), 15 mil pessoas em todo o país fizeram o teste para saber se tiveram contato com o novo coronavírus. O objetivo é testar até 100 mil pessoas e saber com que velocidade a população está criando anticorpos para o vírus.
As regiões Norte e Nordeste foram as que mais aplicaram testes até o momento, somando 8.106 testes. O estudo, financiado pelo Ministério da Saúde, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Rio Grande do Sul, e executado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), será realizado em três etapas e prevê em 133 municípios. O objetivo do estudo é avaliar como o novo coronavírus se propaga pelo país, por meio da testagem de anticorpos na população. (Fonte: Agência Brasil)
Governo destina R$ 5 milhões para pesquisa com nitazoxanida
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vai destinar R$ 5 milhões para a segunda fase da pesquisa com a nitazoxanida, para avaliar a eficácia desse antiparasitário em pacientes com sintomas leves da covid-19. O medicamento começou a ser testado em pessoas no mês passado, após ter apresentado 94% de eficácia em ensaios in vitro na redução da carga viral em células infectadas pelo novo coronavírus.
Na primeira fase, estão sendo testados 500 pacientes positivos para a covid-19, com sintomas de pneumonia como febre, tosse seca e as características da tomografia com vidro fosco. Na segunda fase, que deve começar ainda esta semana, participarão mais 500 pacientes com sintomas iniciais da doença. Ao todo, 17 hospitais em sete estados participam dos testes clínicos.
De acordo com o ministério, a nitazoxanida é um antiparasitário que pode agir em viroses e, no passado, já foi utilizado com sucesso contra o rotavírus. A droga é de baixo custo, tem poucos efeitos colaterais mas, agora, por segurança e para evitar uma corrida às farmácias, está classificado como remédio controlado.
“No momento que tivermos os resultados vamos ter certeza se funciona ou não [para covid-19]. A probabilidade maior é que funcione, dado o histórico da pesquisa. Mas é importante ter o resultado porque ele segue um protocolo científico”, explicou o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, em coletiva de imprensa, ontem (19), no Palácio do Planalto. (Fonte: Agência Brasil)
Opas: todos os países devem ter acesso às vacinas contra covid-19
Em coletiva de imprensa virtual realizada ontem (19), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) defendeu que, quando a vacina contra o novo coronavírus estiver pronta, todos os países devem ter acesso, independentemente de suas capacidades de pagamento. O brasileiro Jarbas Barbosa, diretor adjunto da organização, afirmou que a vacina poderá estar pronta para ser fabricada dentro de um ano.
“Neste momento, temos mais de 100 projetos de desenvolvimento de vacinas. Alguns já começaram testes em humanos, alguns já concluíram a primeira fase dos ensaios em humanos, que é a fase 1. Ou seja, pode-se ter como resultado dessa cooperação global uma vacina que talvez em um ano esteja disponível para ser fabricada”, explicou.
Para Barbosa, “a Opas trabalhou com sócios internacionais sobre o assunto da vacina para garantir que os países da região tenham acesso quando estiver disponível. Não podemos permitir que o acesso à vacina possa estar relacionado com a capacidade de pagamento de um país. É muito importante, como um dos pilares de nossa organização, a solidariedade”. (Fonte: Agência Brasil)