Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) do Governo de São Paulo, o percentual de isolamento social em Rio Claro foi de 49% nessa segunda-feira (4). A central de inteligência analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social.
Conforme os números disponibilizados pelo Estado, desde que foi decretada a quarentena no dia 24 de março, Rio Claro manteve uma média no isolamento, sendo que, não ultrapassou 62% e não ficou abaixo de 48%. A menor taxa de isolamento foi registrada na última quinta-feira (30).
Na análise dos dados, é possível perceber que a taxa é menor em dias úteis, de segunda a sexta-feira. A ocorrência de feriados nas últimas semanas contribuiu para que o isolamento fosse maior nesses dias, contudo, os domingos ainda são os dias com maior isolamento com média de 61%. Vale ressaltar que o índice médio exigido pelo governo estadual para o município alcançar a flexibilização deve ficar entre 60% e 70%.
Em transmissão ao vivo realizada na tarde dessa terça-feira (5), o Prefeito Juninho da Padaria destacou a preocupação com os índices de isolamento registrados, pois, a partir desses números, o Governo do Estado determinará as cidades que poderão permitir a flexibilização do comércio. “O governador João Doria anunciou nessa segunda-feira (4) que as cidades com pior adesão à quarentena serão excluídas da flexibilização, por isso pedimos muito a colaboração de todos para que possamos retomar as atividades comerciais no município”, apontou o prefeito.
REGIÃO
Segundo monitoramento eletrônico, a média do índice de isolamento social dos últimos 15 dias caiu de 55% para 50% na região de Campinas – a qual inclui Rio Claro – em relação aos 15 dias anteriores (31/03 a 14/04 em comparação com 15/04 a 30/04). Na mesma quinzena em que houve a queda do monitoramento, o número de casos cresceu 282% (de 330 para 1.260).
SAÚDE
A Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo apresentou levantamento sobre a progressão de casos do novo coronavírus pelo interior e litoral paulista, que aumentaram de maneira mais acelerada ao mesmo tempo em que caiu a taxa de isolamento social no Estado. Os dados foram coletados durante o mês de abril junto à Secretaria Estadual da Saúde e do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP).
Segundo a análise, o vírus que estava restrito à Região Metropolitana de São Paulo até o meio de março, avançou pelo interior e litoral e, em menos de 45 dias, chegou a todas as regiões do Estado. Em 17 de março, apenas nove cidades da RMSP apresentavam casos e somente a capital registrava óbitos.
Os números mais recentes apontam que a doença já se espalhou por todo território paulista, com casos confirmados em 332 municípios (51,5% dos 645 do Estado) e mortes registradas em 150 cidades. Destes 332 municípios com casos, 293 estão no interior/litoral (88%) e das 150 cidades com óbito, 114 são do interior/litoral (76%).
Apesar do número absoluto de infectados ainda se concentrar na RMSP, o contágio cresce proporcionalmente a um ritmo quatro vezes mais rápido no interior e litoral de São Paulo do que na Região Metropolitana. No período de 3 de abril a 1 de maio, o número de casos registrados cresceu 2.532% no interior (de 167 casos para 4.397), enquanto que na RMSP o crescimento foi de 625% (de 3.352 para 24.301).
De 15 a 30 de abril, as regiões do interior e litoral paulista que apresentaram maior aumento no número de casos foram Itapeva (1125% – de 4 para 49 casos), Registro (546% – de 13 para 84 casos) e Barretos (475% – de 12 para 69 casos).
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