É hábito dizer que ninguém morre antes da hora. E é verdade. Se a pessoa tem 100 anos para viver, ela os viverá plenamente, e não lhe faltará um segundo sequer desse tempo, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Há, porém, situações que, a pessoa pode abreviar sua vida. A primeira delas, é quando o faz deliberadamente, toma uma atitude extrema e põe termo à própria vida. A isso dá-se o nome de suicídio voluntário.
A outra, é quando a pessoa vai pondo termo à vida, aos poucos, através de hábitos desregrados que vão comprometendo a sua saúde, e por hábitos desregrados entenda-se a má e excessiva alimentação, e também quando à pessoa se entrega aos pensamentos destrutivos, cultivando tristeza e pessimismo sem opor resistência. Mas, também, quando se entrega sem resistência aos vícios de toda sorte, sobretudo, àqueles que agridem ao corpo físico, esse santuário da vida, através do qual, nós espíritos, vivendo a experiência da vida humana, nos manifestamos nesse mundo de materialidade densa, onde tudo é transitório e circunstancial.
A essa prática, originada mais a partir da ignorância do que da vontade própria do indivíduo, dá-se o nome de suicídio involuntário, ou seja, aquele que a pessoa abrevia seu tempo de vida sem que tenha, entretanto, a vontade deliberada de fazê-lo.
Logo, não tomar os devidos cuidados nesse tempo de pandemia do coronavírus, aqueles preconizados pelas autoridades sanitárias, como, por exemplo, o uso de máscara, a lavagem constante das mãos e o distanciamento social, é sujeitar-se a um possível suicídio involuntário, atitude absolutamente recriminável, porque revela duas fraquezas da pessoa, seu descompromisso para com a própria vida e seu descaso para com a vida alheia, porque, a doença disseminada atualmente no mundo, o covid-19, tem elevado risco de contágio.
Sabe-se de pessoas com idade avançada que contraíram a doença e dela se recuperaram. Na Itália, um senhor de 105 anos, em Rio Claro, , uma senhora de 89, como divulgado pela imprensa. Ou seja, se você tem 100 anos pra viver, não viverá apenas 99, e talvez viva 105, se, é claro, não contribuir deliberadamente, para abreviar seu tempo de existência.
Portanto, temer a morte, jamais, ela é fato certo e inevitável na vida de todos nós. E temer contrair a doença, menos ainda, se a pessoa, evidentemente, tomar os devidos cuidados.
Vivamos em paz, confiantes no progresso da Ciência, somando esforços com os profissionais de saúde, não aumentando deliberadamente, a sua carga de trabalho, já tão imensa e exaustiva.
Cuidemo-nos. Façamos o nosso melhor. Preservemos a nossa saúde, o bem mais precioso da vida, que nos permite viver, trabalhar e contribuir de alguma forma, para o progresso da sociedade humana, a qual, pertencemos.