Em mais uma edição da série idealizada pelo Diário do Rio Claro com o objetivo de enfatizar a arte produzida e idealizada em Rio Claro, o destaque é o músico rio-clarense Eduardo Barsotti de Souza, de 43 anos.
Baterista, percussionista popular e erudito, a música sempre fez parte da família de Eduardo. Seu pai, Fernando de Souza Filho, apesar de não tocar nenhum instrumento, sempre gostou muito de música e tem um acervo maravilhoso de discos, CDs e DVDs, que variam de música brasileira (MPB) como: Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, aos Tangos de Gardel e ao rock clássico. Com essa influência, sempre pode nutrir grande inspiração e consulta musical. Através da mãe, Sueli Barsotti, teve aulas de acordeom na escola e tinha tios e tias que foram pianistas na cidade. Foi com a tia Neusa Barsotti que se deu o seu primeiro contato com um instrumento musical, aos 9 anos, o piano.
Mais tarde, aos 13 anos, se interessou pela bateria, começando a tocar nos festivais do colégio, depois estudando percussão erudita na escola de música “Fábio Marasca”. Teve ainda o privilégio de estudar com ótimos professores que acenderam a chama da música como: Fernando Gonçalves, Lilian Carmona e o Conservatório de Tatuí.
Atualmente, trabalha na Orquestra Rock (Campinas) como Timpanista, Orquestra Sinfônica de Limeira como Timpanista, chefe de naipe e professor da Escola Livre de Música (há mais de 25 anos), Orquestra Filarmônica de Rio Claro (desde a sua fundação) como percussionista e desenvolve uma oficina de percussão corporal vencedora do edital 2019 da Prefeitura Municipal de Rio Claro. Ainda, como percussionista erudito trabalha como músico substituto da Orquestra Bachianna SESI-SP, do maestro João Carlos Martins e da Orquestra Sinfônica de Piracicaba.
Eduardo revela que percebeu que a música era essencial em sua vida, quando terminou o colegial e, não tendo ainda convicção da profissão, resolveu cursar farmácia. Como o curso era integral, não tinha muito tempo para tocar, o que o fez sentir muita falta do convívio com os instrumentos; com isso, depois de oito meses abandonou o curso e seguiu sua carreira como músico. “Logo após minha saída do curso de farmácia, fui convidado pelo Maestro Rodrigo Muller a assumir o cargo de Timpanista na Orquestra Sinfônica de Limeira e professor da Escola Livre de Música, onde permaneço até hoje”, conta.
Para o baterista, a música faz parte da sua vida. “Ela remete a lembranças afetivas, proporciona bem-estar, na qual tenho a oportunidade de trabalhar com grandes músicos e tirar meu sustento… ’como é bom, poder tocar um instrumento’, sou muito feliz e realizado em ser músico!” Sobre o futuro, diz que pretende continuar tocando por muitos anos, se apresentando com diversos artistas e orquestras, nos palcos, salas e teatros do Brasil e do mundo.
TRAJETÓRIA
Suas principais conquistas foram: o prêmio Parceiro da Cultura recebido da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo pelo trabalho realizado no Projeto Guri; o prêmio Ney Mesquita pela gravação do CD Zazas da cantora paulistana Isla Jay, no qual teve a oportunidade de gravar com o grande guitarrista Lanny Gordin; ter vencido os editais 2018 e 2019 da Prefeitura Municipal de Rio Claro, no qual ministra oficinas de percussão; e ter assumido o cargo de Timpanista da Orquestra Rock (Campinas), a primeira Orquestra Rock do Brasil, na qual tem a oportunidade de trabalhar com o maestro Búlgaro Martin Lazarov, grandes músicos, bandas e artistas como: Titãs, Jota Quest, Ira, Raimundos, CPM 22, Barão Vermelho, Skank, Melin, Dinho Ouro Preto, Frejat, Rodrigo Suricato, Marcelo Nova, dentre outros.
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