Foram três temporadas de Sérgio Sette Câmara no grid da Fórmula 2. O brasileiro evoluiu ano após ano, mas nunca conseguiu entrar de fato na briga pelo título, a grande credencial buscada por jovens pilotos na caminhada rumo à F1. Isso, entretanto, não tira o sono de Sérgio: o que importou mesmo foi abrir novas portas para a sequência da carreira.
A avaliação de Sette Câmara veio ao ser questionado sobre o que faltou para ser um campeão da F2. O brasileiro não tem uma resposta clara, mas isso é o de menos para alguém que decidiu olhar para o copo meio cheio.
“São perguntas que um piloto talvez nunca consiga encontrar a resposta”, disse Sette Câmara, falando ao site GRANDE PRÊMIO. “É um esporte muito complexo e muitas coisas entram na equação. A temporada da F2 é extremamente rápida. Antes de você se dar conta, ela já acabou. E tem vezes que falta encaixar as coisas”, seguiu.
“Tenho muito orgulho das três temporadas e agradeço muito às pessoas com quem trabalhei. Agora tô colhendo os frutos. Estão surgindo oportunidades ótimas para mim pelo trabalho que fiz na F2, então foi ótimo”, destacou.
Entre o fim de 2019 e o começo de 2020, pouco parecia indicar uma mudança abrupta de horizontes. Sérgio já estava ligado à McLaren, onde iria para um novo ano como piloto de desenvolvimento. No entanto, logo após anunciou seu desligamento da equipe, mas ainda sem qualquer indícios de planos na Fórmula 1 para 2020.
O mineiro já tinha feito testes na Indy e sido anunciado como reserva da Dragon na Fórmula E. Foi só então que surgiu o anúncio da parte da Red Bull e a confirmação como titular na Super Formula, campeonato japonês de monopostos.
Conforme conta, a Red Bull resolveu abrir negociações que surgiram “do nada” para trazer o brasileiro como piloto reserva, o que significa ficar de prontidão para substituir um dos titulares caso seja necessário. Afinal, Sérgio já conseguiu os pontos que precisava para alcançar a superlicença, necessária para competir na F1.
Foto: Divulgação/Red Bull