A prefeitura de Rio Claro está acolhendo pessoas em situação de rua como medida para reduzir os riscos de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19). Os prédios dos centros dia do idoso (CDI), localizados na Vila Operária e no Jardim Esmeralda, estão acolhendo esse público oferecendo higienização, alimentação e dormitório.
As pessoas que vivem nas ruas são abordadas pelas equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) e, caso aceitem, são levadas para a Casa de Passagem e de lá para o CDI onde ficam em isolamento social conforme recomendação das autoridades de saúde.
O prefeito João Teixeira Junior visitou o CDI da Vila Operária nesta quarta-feira (1º). O prédio está abrigando dez pessoas em situação de rua. “Esses espaços que eram usados por nossos idosos, que estão protegidos em suas casas, agora oferecem abrigo temporário para as pessoas em situação de rua, em mais uma medida da prefeitura para combater a pandemia de coronavírus”, destaca Juninho.
A iniciativa foi aprovada por quem está recebendo o atendimento. “É uma boa medida que nos ajuda a enfrentar essa situação”, diz Dalmon Celso Sassi. Para Wagner Marcelo Sérgio esse acolhimento representa uma nova oportunidade de vida depois de dois meses morando na rua. “Fui muito bem acolhido e quero aproveitar essa chance para mudar de vida, quem sabe conseguir um emprego e um local para morar”, comenta. Já Cláudio Aparecido de Souza conta que não aceitou o acolhimento na primeira abordagem e mudou de opinião ao refletir sobre o assunto. “Estou sendo bem atendido por pessoas boas em local limpo e tranquilo”, avalia.
O serviço de acolhimento a pessoas em situação de rua está sendo realizado pela prefeitura em parceria com o Instituto Viver e Conviver (IVC). “Os espaços foram preparados para receber essas pessoas que são acolhidas nesse momento de pandemia do coronavírus e atendidas em suas necessidades”, explica a secretária municipal do Desenvolvimento Social, Érica Belomi, informando que cada CDI tem capacidade para atender 20 pessoas sem que ocorra aglomeração.
A assistente social do Seas, Maria Carolina Luna, reforça que as equipes do Seas continuam trabalhando nas ruas fazendo abordagens sociais e tentando convencer mais pessoas a aceitar o abrigo. Além disso, o trabalho na Casa de Passagem prossegue e o local é a porta de entrada para o atendimento social às pessoas em situação de rua durante a pandemia do novo coronavírus.
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