Um homem sentado na varanda de sua casa recebe um telefonema dizendo que seu filho estava desacordado na festa. A voz não tranquilizava aquele pai, apenas dizia o que estava sentindo, sem ao menos suavizar um pouco a sua mensagem. Enquanto saía de casa, ficou imaginado somente o pior. – Ah! E se meu filho estiver morrendo? E se não conseguir reagir? E se eu estiver chegando tarde? E foi assim, inúmeros e “se” semelhantes a esses.
Ao chegar ao local, desesperado, entra e percebe seu filho rindo e divertindo-se. Não estava entendendo nada. O fato é que o jovem havia escorregado e bateu a cabeça de leve e como tinha bebido um pouco na festa, aproveitou para relaxar ali no chão. Agora, como que aquele homem recebeu a notícia naquela hora? Imagine as palavras que foram utilizadas para relatar o acontecido?
Qual o tom de voz que recebeu naquela hora? De que modo as palavras foram saindo, à medida que eram transmitidas por aquela pessoa? Muito bem, quantas vezes você conseguiu transmitir algo para você mesmo? Que diálogo interno está utilizando para demonstrar como se encontra no seu dia a dia? – Estou ferrado! Que burro que sou? Que idiota me transformei. E assim por diante, não é?
Mary Popins conseguiu expressar-se muito bem em relação à linguagem que a gente recebe e a linguagem que usamos para nos identificar dizendo: “Uma colher de açúcar faz o remédio descer mais fácil”. Por uma cobertura mais doce nas palavras, podemos ajudar mais pessoas a perceber mais facilmente o mundo que estão vivendo. Você conhece alguém que está desempegado? O que esta palavra evoca em você? É uma coisa boa ou não? Traz algo como abandono ou rejeição?
Qual o estado de espírito que ela transmite a outras pessoas? Qual é a sua postura? Muito bem, agora troque a palavra desemprego por “entre empregos”. Observe o que acontece aí dentro de você. Que sentimentos emergem agora? São diferentes dos outros? Como você acha que a pessoa possa ficar? Não significa que somente a troca das palavras vai mudar totalmente as atitudes da pessoa que passa por isso.
O que ocorre é que no cérebro o impacto vai ser bem diferente e poderá emergir com o tempo outra disposição, não acredite nisso! O grande segredo, além de perceber quais palavras usar para modificar sua experiência, inclua também outras bem doces: Por favor! Muito obrigado! Com licença! E expresse mais amor no seu rosto com um largo sorriso, porque o remédio mais amargo pode fazer um efeito bem diferente. Pense nisso!