De acordo com o Presidente do SINTRARC (Sindicato dos transportadores rodoviários autônomos de pessoas, de bens e de cargas de Rio Claro), Gilvon Barbosa, os profissionais estão inseguros e providências por parte das autoridades policiais já são tomadas. Em um dos assaltos, a vítima, com idade aproximada de 70 anos, teve o carro, celular e dinheiro roubados. O veículo foi localizado posteriormente.
Em outras situações, as vítimas foram ameaçadas. “Teve assalto que mostraram arma de fogo e faca, deram gravata no taxista. Em uma das corridas, o taxista percebeu que seria um roubo e disse que não ia continuar. Foi quando o bandido passou uma corda no pescoço dele e puxou, mas o taxista começou a buzinar e a gritar, os ladrões se assustaram e saíram correndo, deixando uma faca no carro”, relatou mais uma ocorrência.
Em outro caso, o taxista foi abordado por dois indivíduos numa tarde de chuva em seu ponto. Como estava chovendo, ele encontrava-se dentro do carro. Dois indivíduos bateram no vidro e pediram para ser levados em santa Gertrudes. Ele foi fazer a viagem e, quando chegou no trevo de Santa, anunciaram o assalto. Fizeram o taxista ir para o banco do passageiro. Um deles tomou a direção e não sabia nem dirigir.
Mandaram ficar com a cabeça baixa. Depois, percebeu que já estava em Rio Claro, mas ficaram rodando e mais tarde o abandonaram em Tanquinho, e lá ele pediu ajuda para uma pessoa, que chamou a polícia. “Os bandidos disseram que logo ele iria encontrar o carro”, contou o presidente da categoria. O último roubo contra taxistas, segundo o sindicato, foi na sexta-feira (20).
Após anunciarem o assalto, ainda disseram para o taxista, que já é idoso, que estavam fazendo o serviço deles. “O taxista estava no ponto. Pediram corrida dizendo que iriam buscar dinheiro em algum lugar. Quando chegaram no bairro Terra Nova, um deles desceu e disse que o patrão não estava lá. Seguiram para outro local, onde anunciaram o assalto.
O taxista ainda questionou se eles tinham coragem de fazer aquilo com uma pessoa de idade. Eles disseram: ‘É o nosso serviço’. Falaram ainda que ele podia ficar tranquilo que iria achar o carro. A vítima pediu socorro, fez o B.O. e logo em seguida viram o carro abandonado na Avenida 44-A e constataram que era o dele mesmo. Deixaram com as portas e vidros abertos”, contou Gilvon.
Todos os assaltos seguiram a mesma linha de atuação dos criminosos. “Eles se passam por clientes, pegando a corrida no ponto da rodoviária ou em outro da cidade. No decorrer do trajeto, anunciam o assalto. Deixam o taxista em algum lugar e levam dinheiro, celular e o carro”, relatou o presidente do Sindicato.
De acordo com informações de quatro das vítimas, os criminosos seriam os mesmos. “A polícia que vai conseguir apontar, mas, segundo os profissionais, dos sete assaltos, pelo menos quatro teriam sido praticado pelas mesmas pessoas”, comentou.
Reunião com a PM e GCM
O presidente do Sindicato se reuniu com autoridades da Polícia Militar e da Guarda Municipal. “Estamos tentando garantir mais segurança e ficou definido que os PMs também vão abordar taxis com passageiros e a Guarda também está atenta.
A PM e a GCM estão dando atenção para a situação. As forças de segurança estão empenhadas para resolver”, observou Gilvon. O comando do 37º Batalhão de Polícia Militar destacou que orientações foram passadas aos profissionais.
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