Até o fechamento desta edição, o balanço divulgado apontava 16 mortos e 32 desaparecidos após deslizamentos ocorridos na região da Baixada Santista, após um forte temporal. Corpo de Bombeiros e Defesa Civil atuam na procura das vítimas em Santos, Guarujá e São Vicente.
Segundo informações dos órgãos, em nove cidades da Baixada Santista choveu, em 24 horar, mais de 100 mm; no Guarujá, 300 mm, 222 milímetros em Santos e 187 mm em São Vicente. No Guarujá, por exemplo, já choveu mais do que o esperado, que era de 277 mm para o mês de março.
MORTES DE BOMBEIROS
Entre as mortes confirmadas estavam dois bombeiros que perderam a vida no socorro às vítimas. O Centro de Comunicação da Polícia Militar informou o óbito dos Cabos Maciel de Souza Batalha, de 46 anos, e Rogério de Moraes Santos, de 43 anos, que estavam em serviço. Os profissionais atuavam no 6º Grupamento de Bombeiros e morreram soterrados quando faziam o resgate no Morro do Macaco Molhado, no Guarujá, na Baixada Santista.
“Então em casos como esse, os bombeiros estavam atuando em local sinistrado e inseguro, na tentativa de salvar vidas em perigo, resgatar pessoas, quando mais um deslizamento os surpreendeu. Representa um momento de tensão, sabendo que, por vezes, a vida está em risco, vem como um momento de reflexão, calma e tranquilidade para você colocar todas suas técnicas e ensinamentos em prática para ajudar o próximo”, relatou o Comandante do Corpo de Bombeiros de Rio Claro, Tenente Fábio Henrique Giovani.
Segundo as informações dos Bombeiros de São Paulo, os dois profissionais foram surpreendidos por um deslizamento por volta de 1h50 dessa terça-feira (3). O Cabo Moraes foi retirado dos escombros pelas próprias pessoas que moram na região, já o corpo do Cabo Batalha havia ficado soterrado.
JURAMENTO DA PROFISSÃO
A corporação está em luto com a perda dos dois profissionais, que são conhecidos como “anjos de fardas” e verdadeiros heróis. “Nós, bombeiros e policiais militares, fazemos o que gostamos, que é ajudar a sociedade de alguma forma quando mais precisa. Sabemos o risco da profissão e quando nos formamos, fazemos um juramento, que é defender a sociedade, se preciso for, com sacrifício da própria vida”, relembrou o tenente, que também atuou no resgate de vítimas em Brumadinho – MG.
Foto: Governo Estado de SP