“Talvez o maior trunfo da revolução tecnológica seja a maneira simples com que ela se estabelece no nosso cotidiano. Mas ela é veloz. Quando você se dá conta do que está acontecendo… já foi.”
A frase, dita por Paulo Pepe, músico rio-clarense da banda Os Ditos, resume um pouco como eles têm encarado esse momento do fazer criativo em tempos digitais que estão passando.
Eles estão sendo representados pela ONErpm, uma das maiores distribuidoras internacionais de música, que trabalha nas maiores plataformas musicais do mundo. Spotify, Deezer, Apple Music, Youtube Music, entre outras tantas, e acabam de colocar no ar quatro músicas da banda, as chamadas singles, tão comuns no mundo da música já há alguns anos.
“Quando a gente era jovenzinho, existiam os compactos, não é? Era clássico esperar os lançamentos desses disquinhos com duas músicas para imaginar como seria o LP das bandas. De uns anos para cá, é nas redes que essa base de lançamento acontece”, lembra outro integrante dos Ditos e também rio-clarense, Marc Florindo.
Os Ditos nasceram Grupo Iris, em Rio Claro. Depois de alguns anos tocando nos circuitos da região, se transferiram para São Paulo onde, já no distante ano de 1993, lançaram o CD GRIOT, disco homônimo da banda que criaram lá. Foi um disco muito bem recebido no chamado underground paulistano e ali também começou o flerte da banda com o exterior.
Apesar das dificuldades que bandas independentes tinham naquela época, o CD fez uma pequena, mas instigante carreira internacional, tocando em rádios francesas e alemãs, que deixou claro mais uma vez o interesse desse público pela música brasileira que eles acreditam e praticam: uma fusão de ritmos não só no plano do repertório, mas também na estrutura das composições, criando gêneros mestiços.
Rivaldo Giancotti, caiçara de Santos, compositor e homem forte da tecnologia da banda, lembra que viram nascer uma geração que tem acesso a qualquer informação de uma forma imediata. E todos estão procurando novidades. “A facilidade que essas plataformas dão é evidente.
A gente trabalha aqui em nossa base de trabalho, que podemos chamar de ateliê, estúdio, usina, fabriqueta, depende do que fazemos no momento, colocar ali na plataforma, e o trabalho que fizemos vai estar no celular do cara que está em Bruxelas, ou em Quixadá ao mesmo tempo.”
Além do trabalho musical, os três integrantes são artistas visuais e têm formação em artes plásticas, design, fotografia e vídeo, desenvolvendo um trabalho visual que extrapola o campo da música. As imagens que ilustram essa matéria, inclusive, foram criadas pelos artistas. Os Ditos também dirigem e produzem seus próprios clipes, os quais podem ser conferidos em seu canal no YouTube (youtube.com/osditos).
Os artistas gostam de lembrar que toda essa tecnologia disponível tem para eles só um nome: ferramenta. E que as ferramentas estão todas aí. Você pode usá-las ou não.
E para fazer arte, todos sabemos, não é necessário muita coisa. “O mais importante é você ser honesto em sua produção e fiel à sua criação e fazer bom uso do que tem à sua disposição”, afirma Paulo Pepe.
Felizes com a repercussão que o trabalho tem conseguido no ambiente digital, lembram que nasceram acústicos, mas há muito tempo são elétricos, valvulados, transistorizados. Um processo natural.
“Olha… no fundo, no fundo… a gente gosta mesmo é de um violão e um tamborzinho. A gente só está aproveitando o espaço para tocar no radinho do seu computador”, dizem rindo.
Para ouvir de forma rápida as músicas dos Ditos, é só acessar o link osditos.com.br/play e escolher sua plataforma de streaming preferida.
Os Ditos na música:
Rivaldo Giancotti: eletrônica e percussão
Paulo Pepe: Voz, percussão e gaita
Marc Florindo: Instrumentos de cordas, voz e percussão
Nas Artes Visuais Os Ditos:
Marc Florindo: Artista Visual e Designer
Paulo Pepe: Fotógrafo e Videomaker
Rivaldo Giancotti: Artista Visual e Videomaker
Para saber mais sobre
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Foto: Divulgação