A cidade de Rio Claro já está em situação de alerta com relação ao Aedes aegypti. O município registra, em menos de dois meses, 59 casos da doença, de acordo com o último Boletim da Vigilância Epidemiológica. No ano passado, no mês de janeiro foram apenas três registros; já no ano todo, chegou a 1.197 casos confirmados de dengue e um óbito. Em 2018, 26 casos confirmados e nenhum óbito, números que confirmam significativo aumento com relação a 2019.
O mais recente índice de densidade larvária do município chegou a 1.9. O problema maior é que, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, mais de 80% dos criadouros do mosquito estão dentro de imóveis habitados.
Os órgãos intensificam os trabalhos e agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizam mutirões aos finais de semana. Ontem (8), os profissionais estiveram na região do bairro Santa Elisa, vistoriando residências e recolhendo objetos que podem ser utilizados como criadouros do mosquito transmissor da dengue, descartados incorretamente em terrenos e até via pública.
Apesar da situação crítica, é possível reverter e evitar que os casos continuem aumentando. “Sim, é preocupante, porém, podemos mudar. Estamos realizando os mutirões para recolher e eliminar o maior número de criadouros possíveis e também solicitar que a população realize uma manutenção periódica em sua residência e não realize o descarte em terrenos e vias públicas.
Temos vários ecopontos no município para o descarte de forma correta”, ressaltou o gerente do CCZ, Diego Reis, observando ainda que qualquer descuido pode favorecer a reprodução do Aedes, mosquito que transmite também chikungunya, zika vírus e febre amarela.
Orientações em geral para população
Entre as principais recomendações para o combate ao Aedes estão manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios. Garrafas de vidro ou plástico, se guardadas, devem ser mantidas sempre com a boca para baixo, e não se deve deixar a água da chuva acumular sobre a laje ou em calhas entupidas.
Os pratinhos ou vasos de plantas devem ser preenchidos com areia até a borda e, em casos de armazenamento de pneus velhos em casa, toda a água deve ser retirada e os pneus mantidos em locais cobertos, protegidos da chuva.
Frequentemente é necessário limpar as calhas, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água e os recipientes utilizados para guardar água, pelo menos uma vez por semana, devem ser lavados com água e sabão.
Foto: Diário do Rio Claro