O Diário do Rio Claro dá início hoje a uma série, cujo intuito é abordar assuntos relativos à saúde dos idosos. Neste domingo (19), a fisioterapia cardiorrespiratória e a importância da atividade física entre os idosos. Para explanar a respeito, o Centenário conversou com a fisioterapeuta Alessandra Camargo.
Conforme explica, a fisioterapia cardiorrespiratória está presente em uma variedade de setores e locais do Sistema de Saúde, como em hospitais, centros comunitários, centros especializados de reabilitação, prática privada, ambientes acadêmicos, entre outros. “Tem como objetivo melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde e à condição física da população. A intervenção da fisioterapia cardiorrespiratória tem impacto, sobretudo, nos sistemas cardíaco, respiratório, vascular e metabólico”, aclara a profissional.
Quanto à atividade física, Alessandra esmiúça que é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto de energia. E acrescenta. “A atividade física engloba exercícios, esportes e atividades físicas realizadas como parte da vida diária, ocupação, lazer ou transporte ativo. O exercício é uma subcategoria da atividade física planejada, estruturada, repetitiva e que tem como objetivo final ou intermediário a melhoria ou manutenção da aptidão física.”
Segundo a fisioterapeuta, a atividade física está associada a uma maior independência na velhice, que traz consigo a diminuição das aptidões físicas, declínio das capacidades funcionais, perda de massa muscular, maior lentidão e doenças crônicas. “A inatividade e o envelhecimento aumentam o risco de doenças crônicas. A falta de atividade física está associada a alterações na composição corporal, resultando em um aumento da porcentagem de gordura corporal e a diminuição concomitante na massa corporal magra, assim, uma perda significativa na produção de força, equilíbrio e, consequentemente, baixo desempenho físico e dependência nas atividades da vida diária são mais comuns entre os idosos”, elucida.
Todavia, afiança a profissional, o treinamento de força demonstrou aumentar a massa corporal magra, o desempenho físico, já que possui um efeito positivo nas atividades da vida diária e contribui para manter a qualidade de vida, a saúde, a função física e auxilia quanto à redução de quedas entre os idosos. No que diz respeito às quedas, assevera que, para reduzi-las, é recomendado que o treinamento com equilíbrio seja incluído em programas de exercícios físicos, devendo também manter cuidados em casa, como retirada de tapetes, instalações de barras para apoio, etc.
Tendo em vista os benefícios ocasionados pela atividade física em idosos, enumera:
– Prevenir e combater doenças como a hipertensão, derrames (AVC), obesidade, diabetes, osteoporose, problemas do coração e pulmões;
– Fortalecer o sistema muscular, diminuindo o risco de quedas, facilitando os movimentos;
– Melhora da saúde mental;
– Melhora na qualidade de vida.
Por fim, Alessandra pondera que a população de idosos vem crescendo de forma importante no mundo, e o que parecia ser um problema dos países desenvolvidos, vem se reproduzindo nos países mais pobres. “A atividade física aparece como uma forma de permitir que os indivíduos mais velhos tenham mais saúde e se tornem mais independentes. Para que isso possa ocorrer, o programa de exercícios deve ser feito com segurança, habitualmente precedido de uma avaliação médica e, se apto, deverá ser acompanhado por um profissional capacitado”, conclui.
Foto Capa: Valter Campanato-Agência Brasil