A revegetação vem assumindo papel fundamental nos processos de recuperação de áreas degradadas, pois propicia a reconstituição florestal em um ambiente, mediante à regeneração de características estruturais e funcionais das florestas originais.
Dentro desse processo devem ser considerados os procedimentos que contemplam a maior quantidade de espécies, garantindo diversidade genética, condições locais de clima, precipitação e solo (fertilidade, textura, permeabilidade e profundidade) que são essenciais para adaptação e desenvolvimento das espécies.
Outro ponto relevante é o conhecimento da área, levando em consideração elementos como permeabilidade do solo, existência de recursos hídricos, topografia e definição do tipo de vegetação original existente e uso da terra.
Para a escolha das espécies para a revegetação é imprescindível que elas apresentem as seguintes características: excelentes fontes de matéria orgânica para o solo; reprodutoras de sementes; crescimento rápido; longevidade, efeitos paisagísticos e resistente a mudanças no meio ambiente.
A elaboração de um planejamento se faz necessário, antes de qualquer intervenção e recuperação de áreas degradadas, incluindo o projeto, execução e manutenção. O planejamento é prioritário quando pensamos na estabilização à revegetação, pois dentro de um plano é possível decidir o tipo de vegetação (arbustos, árvores, gramíneas), levando em conta adaptação, custos e benefícios ao ambiente e sociedade.
Dos modelos de revegetação que são implantados dentro de uma sucessão ecológica, o primeiro se faz através de um plantio em épocas diferentes ou períodos simultâneos; o segundo, em alternância na linha de plantio e as espécies são distribuídas ao acaso; o terceiro caracteriza-se por um plantio sistemático em subgrupos onde ocorre criação de diferentes microclimas.
Dentre as práticas de revegetação a recuperação de áreas de mananciais têm despertado interesse de proprietários rurais que, em meio às adversidades existentes, estão se engajando em projetos ambientais que estimulem a recuperação de áreas degradadas, colaborando com a manutenção de mudas, conscientizando-se que é preciso pensar globalmente e agir localmente, afinal, a revegetação traz uma barreira de proteção e preservação dos recursos hídricos.
Assim, as atividades de revegetação são subsídios primários necessários para dar o primeiro passo na reestruturação de uma área, e que a continuidade deste processo de manutenção ficará sempre a cargo do próprio ciclo da natureza.
Foto: Mudas que completaram um processo de vegetação – Arquivo Pessoal de Éder Varussa