Hoje, o Centenário segue com o seu propósito de trazer à tona talentos artísticos da Cidade Azul. Desta vez, a dupla Robson Moura e Rafael, que atendeu à reportagem e cuja história, a partir de agora, você, leitor, passa a conhecer.
Robson Moura
O cantor, ao Diário do Rio Claro, relata que seu interesse pela música veio de modo precoce. “Foi aos dez anos, por influência de um amigo de escola, ainda na cidade de Sumaré-SP. Fiquei encantado ao vê-lo tocar, através de acordes bem simples, a canção ‘Faroeste Caboclo’, da banda Legião Urbana. Eu queria fazer o mesmo. Aí fiquei no pé do meu pai para que ele pudesse me presentear com um violão, até que, de tanto insistir, ele cedeu”, conta Robson Moura.
Posteriormente, recorda-se que passou a aprender por conta própria. Sempre que se deparava com alguém tocando, procurava, de algum modo, extrair conhecimento. “E pegava também aquelas famosas revistinha de cifras de amigos. E detalhe: só gostava de rock. Sertanejo, nem passava por minha cabeça”, admite.
Robson segreda que, nessa época, não sabia que possuía o dom para cantar. Com o correr dos anos, já com uma certa idade e tocando bem, não tinha noção quanto ao fato de ser afinado. “Na verdade, a vida inteira eu ouvi nas rádios o sertanejo romântico, música brega que minha mãe e meu padrasto ouviam. Sabia todas as músicas, mas não assumia aos amigos.”
Entretanto, quando se deparou com a música sertaneja raiz, afirma ter se apaixonado. E sem vergonha alguma. “Enfim, comecei a soltar a voz, e formei minha primeira dupla: André Heller e Robson. Tinha 17 anos e, de lá para cá, não mais parei e passei por várias formações. No momento, estou há três anos junto com o Rafael, um parceiro que conheço há muito tempo e por quem nutro muito respeito e orgulho. Hoje, tenho certeza que tudo que passei no que diz respeito à dificuldade no começo da minha carreira, foi para que eu pudesse ser recompensando agora. Agradeço muito a Deus, à minha família e amigos, que curtem o nosso trabalho. Que deus abençoe a todos”, finaliza.
Rafael
O artista relata que, a exemplo do parceiro, passou a interessar-se pela música bem cedo. O porquê ele explica. “Venho de berço sertanejo, tenho tios e primos cantores. Sempre os ouvia cantando no quintal da minha avó, mas, mesmo não sabendo cantar, nem tocar, com cerca de oito anos ficava observando um vizinho, João de Matos, tocar violão na calçada em frente à minha casa. Isso na minha terra natal, Bernardino de Campos – SP”, recorda-se.
Rafael relembra que, mais tarde, ganhou uma flauta de sua mãe e, automaticamente, apaixonou-se pelo som que ele podia reproduzir. Daí para frente, não mais parou.
Rio Claro
Já na terra de Dom Salvador, com cerca de 13 anos, comprou seu primeiro violão que, confidencia, pagou, à época, 30 reais. E brinca: “Já dá para imaginar o violão, né?”. O sertanejo conta que aprendeu seus primeiros acordes observando seu tio, Alfredo Ferreira, que tocava para ele e para seus primos. Segundo expõe, pouco tempo depois já tocava razoavelmente bem, montando sua primeira banda de garagem: a Sigma.
Mais tarde, veio a primeira dupla. A partir de então, o sertanejo, conforme assevera, “fez sua cabeça”. “Aprendi o que era o famoso ‘modão’ e rapidamente meu pai me presenteou com uma viola caipira. Me lembro até hoje. Era novinha, chegava a brilhar. Daí, passei por outras formações, até firmar a dupla com meu parceiro Robson Moura, com quem estou hoje”, rememora Rafael.
A dupla
Robson Moura e Rafael cantam juntos há três anos, mas a amizade entre ambos vem de longa data. Possuem um CD gravado, intitulado “Fundo do poço”, o qual divulgam em seus shows. “Cantamos por toda a região, com um show bem animado e eclético”, contam.
A dupla já participou de um reality show conhecido como “Revelação da música sertaneja”, da TV Aparecida, e outros regionais, como o “Estação Viola Brasil”, com Mazinho Quevedo.
O fato é que, por onde passam, são reconhecidos por seus estilos diferentes, pela alegria e amizade que transmitem durante suas apresentações.
Fotos: Divulgação