Segundo a Defesa Civil, Rio Claro está sem uma chuva considerável desde o dia 16 de maio, quando choveu a quantidade de 10 milímetros. O período de abril até setembro, de acordo com o órgão, é o de menor índice de chuva. Nos meses de julho de 2016 e 2017, por exemplo, não houve registro de chuva. Com isso o tempo seco continua predominando e os rios registrando baixa vazão.
O Rio Corumbataí, onde o município faz a captação de 60% da água que abastece a população da cidade está com 557.64 metros de vazão (índice fluviométrico), conforme medição conferida pelo site do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica de SP).
A Rádio CBN divulgou um levantamento que aponta que São Paulo corre risco de enfrentar crise hídrica mais grave que a de 2014, a estiagem já é considerada pior e que os principais reservatórios estão com níveis inferiores a 2013.
O levantamento aponta também que 91 cidades já adotaram alguma medida para superar os períodos de estiagem. Piracicaba por exemplo é um dos municípios que sofre com a seca, são mais de 100 dias sem chuva.
PCJ
O consórcio PCJ que administra a Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí informou ao Diário que não recebeu até o momento nenhuma reclamação dos municípios das Bacias PCJ quanto a dificuldades de captação e fornecimento de água, portanto, mesmo com vazões baixas os rios estão dando conta do abastecimento.
O PCJ esclareceu ainda que vários municípios das Bacias PCJ estão realizando as ações recomendadas. De 2016 para cá, foram realizadas obras de construção de reservatórios, desassoreamento de rios e barragens, investimentos em combate às perdas hídricas, ampliação no tratamento de esgoto, construção de bacias de retenção, campanhas de educação ambiental, entre outros. As 22 metas para a sustentabilidade hídrica são de horizonte até 2030, e foram elaboradas em 2016 pelo Consórcio PCJ com o objetivo de melhorar a segurança hídrica frente a ocorrência de eventos climáticos extremos. Elas não foram redigidas com o intuito de ações de contingenciamento para curto prazo ou durante apenas essa estiagem.
DAAE
O Departamento Autônomo de Água (Daae) descartou a possibilidade de falta de água em Rio Claro. Em nota afirma que há uma diminuição do nível dos rios, mas dentro do previsto nesta época de estiagem que não compromete a captação e o abastecimento de água na cidade.
Esclareceu ainda que a autarquia possui duas estações de tratamento (ETA 1 e ETA 2). A ETA 1 faz a captação da água bruta no Ribeirão Claro, sendo responsável pelo abastecimento de 40% da cidade, enquanto que na ETA 2, cuja captação de água bruta é proveniente do Rio Corumbataí, são 60% do abastecimento total.
O manancial hídrico de Rio Claro é bastante volumoso, comprovado na crise hídrica de 2014, quando cerca de 30 municípios da região aderiram ao racionamento, enquanto que Rio Claro manteve seu abastecimento normalmente e não teve problemas no fornecimento de água. Independente disso, o Daae de Rio Claro faz um acompanhamento ininterrupto dos níveis dos pontos de captação de água bruta com réguas de medição e medidor ultrassônico do Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (SAISP).
CORDEIRÓPOLIS
Em Cordeirópolis a falta de água também foi descartada. O município é um dos que implantou medida para não ter risco. A cidade entregou recentemente a Rede Adutora do Córrego Ibicaba, para equilibrar o sistema e poupar a represa de Cascalho que era responsável por 70% da água que abastecia Cordeirópolis.
CONSCIENTIZAÇÃO
Mesmo Rio Claro não apresentando riscos de falta de água é importante utilizar sem desperdício. O Daae informou que realiza campanhas de conscientização de uso racional de água pela população, comércio e indústria.