No total, foram inscritos 312 projetos de 11 estados, com a participação de 2.600 professores. Ao final, 38 projetos, entre eles, dois de escolas municipais de Rio Claro. A professora Rosangela Fernandes Leite Penteado, da escola Marina Fredine Dainese Cyrino, explica como foram os procedimentos para participar. “A Fundação Mapfre é responsável e realizou, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Rio Claro. Foi feita uma formação para 82 professores do município e realizado o convite para quem quisesse se inscrever. Me inscrevi e tivemos dois meses para desenvolver um projeto relacionado ao trânsito”, contou.
De acordo com a Fundação, o Programa Educação Viária é Vital promove ações relacionadas à segurança da população, com especial atenção à Segurança Viária. Trata-se de um Programa integrado às propostas curriculares das Escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, com atividades que se conectem a disciplinas e aulas de cada segmento.
A professora Rosângela desenvolveu, em parceria com os alunos, o Projeto Trânsito também é assunto de criança. “A educação e os bons modos, respeito e cidadania devem ser passados de pai para filho, mas nem sempre acontece, nós tínhamos uma problemática, então nossa missão, enquanto escola, foi proporcionar aos alunos meios para favorecer a construção de valores e ajudar os pais a relembrarem a importância de seguir as leis de trânsito, pensando no bem-estar tanto das crianças, dos pais e da sociedade”, explicou.
O trabalho foi realizado com base no comportamento de pais e responsáveis em frente à unidade. “Observei que em frente à nossa escola havia pais que paravam de forma irregular, não respeitando as vagas destinadas paras o transporte escolar, a faixa de pedestre, espaço destinado aos portadores de necessidades especiais”, destacou.
A partir daí, a educadora incentivou a observação dos alunos. “Os levei para conhecer a rua da escola, o entorno, exploramos as placas de trânsito, a faixa de pedestre, a mão de direção. Após, fizemos rodas de conversas, com pesquisas, questionei como iam para a escola, que transporte usam, se usam cadeirinha ou não”, disse.
Após as pesquisas, realizaram um vídeo sobre o trânsito na região da escola e avaliaram as irregularidades que eram cometidas. Em seguida, buscaram uma forma de resolver a situação e partiu das próprias crianças que tinham que ensinar os pais. “Fizemos divulgação em frente à escola sobre o projeto e também para relembrar os pais sobre as regras”, relatou a professora.
E teve até multa para os infratores. “Os que não estavam parando certo, receberam uma multinha moral, que seria, por exemplo, perdeu um abraço porque parou na faixa de pedestre”, contou.
A Guarda Municipal também foi até a escola e falou sobre o não uso do cerol, a importância do capacete, qual idade a criança pode andar na moto. “Ao final do projeto, fizemos um jornal com todas as atividades e foi distribuído para os pais. “Ficamos muito felizes em estar entre os selecionados, entre os melhores, foi uma alegria.
Porque a educação viária é um trabalho que busca incentivar a pesquisa, a compreensão do trânsito a partir das relações humanas. Quanto mais desenvolver as regras de trânsito com as crianças, teremos melhores motoristas no futuro. Eles acabam sendo os fiscais e cobram dos pais”, finalizou a professora.
A Escola Municipal Benjamim Ferreira, no bairro Cidade Nova, ficou entre os dez melhores projetos e foi premiada com um projetor.