A variação média de idade para o aparecimento da diabetes é de quatro a catorze anos, com a maior parte dos casos ocorrendo entre A diabetes mellitus é uma doença que tem acometido um número cada vez maior de cães e gatos. Apesar de já conhecida, muitas dúvidas ainda surgem quanto ao diagnóstico da doença.
É uma doença endócrina, caracterizada pelo aumento da glicose no sangue (hiperglicemia), causado por alterações no pâncreas e resultando na deficiência da produção de insulina para as necessidades do animal, ou incapacidade de utilização da mesma.
Os fatores que podem predispor ao aparecimento da doença são: o excesso de peso, dieta inadequada, alterações hormonais, predisposição genética, alguns tipos de medicamentos e stress comportamental.
sete e nove anos de idade. Embora os machos também sejam afetados pela doença, a ocorrência em fêmeas é duas vezes maior. Suspeita-se de predisposição genética para a diabetes em algumas raças como: Pinscher, Dachshunds, Schnauzers, Poodles e Beagles. Qualquer animal, entretanto, pode desenvolver diabetes mellitus.
A diabetes mellitus tipo I é a mais comum e caracteriza-se frequentemente pela baixa produção de insulina endógena, causada por destruição celular. Já a diabetes tipo II é raramente encontrada em cães, porém 20% dos gatos apresentam está doença, ocorre pela disfunção celular e resistência tecidual à insulina, onde na maioria das vezes pode estar associada à obesidade.
Os sintomas mais frequentes no animal com diabetes são: perda de peso, aumento da ingestão de água, aumento do apetite e aumento da frequência urinária. A alta taxa crônica de glicose no sangue e na urina, pode causar complicações graves, tais como: infecções, catarata, desordens do sistema nervoso e doença renal.
São diversos os sintomas associados à diabetes, o mais importante é, ao observar qualquer alteração de comportamento no seu animal, leve-o imediatamente ao Médico Veterinário. Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais chance de sucesso terá o tratamento.
A presença dos sinais clássicos de diabetes geralmente aponta para a necessidade de exames laboratoriais. A chave para o diagnóstico são os altos níveis de glicose no sangue e na urina. Um estágio mais avançado e crítico da doença é normalmente percebido pela presença de corpos cetônicos na urina, conhecida como cetoacidose diabética.
O Médico Veterinário pode solicitar outros exames complementares, para descartar a possibilidade de outras doenças que provocam sinais semelhantes aos vistos na diabetes.
A mudança da alimentação é fundamental para o sucesso do tratamento. Rações dietéticas é uma das recomendações. A depender do grau da doença, pode haver recomendação do uso de insulina. Todo e qualquer tratamento deve ser indicado pelo Médico Veterinário.
O prognóstico depende de um número de fatores. A recuperação do animal vai depender da disposição do tutor em seguir o tratamento, da capacidade do animal em responder à insulina, da idade do cão no início da doença, da presença de outras afecções simultâneas e do aparecimento de complicações da diabetes. Com cuidado e dedicação, consultas periódicas e um trabalho de equipe entre o tutor e o Médico Veterinário, muitos cães e gatos diabéticos podem levar uma vida saudável por vários anos.
Dra. Tamara Maria Franzin Julio – CRMV-SP 20.137. Responsável Técnica, do Laboratório de Patologia Clínica no Centro Diagnóstico Veterinário – CEDIVET.