A equipe de robótica do SESI de Rio Claro participa anualmente de um torneio proporcionado pela instituição FLL (First Lego League), que busca o aprendizado dos alunos por meio da ciência e tecnologia. No torneio, são contempladas três áreas, sendo elas: Core Values (trabalho em equipe), Design do Robô e Projeto de Inovação e, a partir destas, os alunos precisam desenvolver projeto a partir de um tema específico que contemple a sustentabilidade.
O tema escolhido para este ano é o City Shaper (modelador de cidades), que estimula o desenvolvimento de projetos que venham a solucionar problemáticas prejudiciais à vida da comunidade em espaços públicos, em especial de sustentabilidade urbana.
Após pesquisas, análises e conversas com profissionais, a equipe de robótica do SESI de Rio Claro decidiu que o problema mais interessante a se trabalhar seria a falta de vegetação em áreas urbanas, já que foi observado que a cidade de Rio Claro-SP vem crescendo e a vegetação existente na mesma não é capaz de suprir as necessidades da população, acarretando, assim, problemas urbanos como: ilhas de calor, que elevam a temperatura dos ambientes; poluição do ar, já que a atmosfera está repleta de gases poluentes por conta das empresas de cerâmicas da região; e poluição sonora, devido à quantidade de plantas não conseguir interromper a passagem do som, causando diversos desconfortos à população.
Pensando na simplicidade, facilidade e após contatos com diversos especialistas, a equipe desenvolveu o projeto Slice Garden (“Fatia de Jardim”), um módulo triangular que tem a finalidade de aumentar a vegetação na cidade, sendo este acoplado nos diferentes tipos de telhados, já que é um espaço inutilizado pela grande parte da população, e por fim fixado com uma fita própria para ambientes externos, não danificando a estrutura das telhas.
Segundo o Professor Coordenador do grupo, Leonardo Santolin, o projeto possui uma estrutura de arame hexagonal galvanizado, material este resistente e barato que permite o entrelace da manta de fibra de coco, capaz de captar a umidade; a planta Lambari Roxo, espécie de pequeno porte adaptável às variações climáticas, possui baixa manutenção; poliacrilato de sódio, misturado na terra, que é capaz de regular a água.
Estes materiais são fixados com uma fita própria para ambientes externos que não danifica a estrutura da telha. Seu formato triangular proporciona o encaixe dos mesmos nos diferentes tipos de telhas que constituem os telhados das casas de nossa região, além da aerodinâmica de interromper a passagem da corrente dos ventos e distribuição melhor do peso perante as telhas.
Ainda de acordo com o professor, o custo é de apenas R$ 8,20 a unidade, somando R$ 123,00 por metro quadrado, valor mais acessível que as soluções existentes que custam em média de 800 a mil reais por m². No que concerne aos seus benefícios, o projeto absorve calor reduzindo a temperatura em até 8º graus, o que diminui o uso de aparelhos de ar condicionado e ventiladores, além das plantas interromperem a passagem do som e regularem a temperatura e a poluição do ar, proporcionando um visual mais agradável à cidade.
A equipe participará da primeira fase do torneio nos dias 11 e 12 de dezembro, no município de Presidente Epitácio, onde poderão compartilhar conhecimentos e aperfeiçoar ainda mais o projeto. Lembrando que o aumento da vegetação melhora a qualidade de vida na cidade, pois representa o maior equilíbrio do ambiente, integrando preservação, bem-estar e sociabilidade, e o projeto vem para agregar este fator.
A equipe participará da primeira fase do torneio nos dias 11 e 12 de dezembro, no município de Presidente Epitácio, onde poderão compartilhar conhecimentos e aperfeiçoar ainda mais o projeto. Lembrando que o aumento da vegetação melhora a qualidade de vida na cidade, pois representa o maior equilíbrio do ambiente, integrando preservação, bem-estar e sociabilidade, e o projeto vem para agregar este fator.
Por Eder Varussa