O fato ocorreu no domingo (24), no bairro Terra Nova, mas a suspeita é que o animal tenha ficado trancado no banheiro de um apartamento por aproximadamente três semanas. “Estava sem água, um pote com pouca ração e, mesmo assim, fechado e com marcas de arranhões e mordidas, o que demonstra que ele tentou se alimentar, mas não conseguiu”, relatou uma das voluntárias da ONG.
Sem receber os cuidados devidos, o cachorro da raça Shitsu não resistiu e foi encontrado sem vida. Moradores acionaram a Polícia Militar e voluntárias da Ong Anjos de Focinho. “Nós recebemos um vídeo do cachorro já sem vida. Quem entrou primeiro no apartamento foi a Polícia Civil que, após constatar a situação, pediu para que os moradores acionassem o Canil ou alguma ONG, então fomos até lá”, disse a voluntária.
O animal foi retirado por duas integrantes da ONG e em seguida levado para exame de necrópsia. “Vamos aguardar o laudo, que vai apontar a causa da morte, porém, percebemos que a falta de alimento e água levou à desidratação”, observou a voluntária.
Um noletim de ocorrência também foi feito. “Esse caso agora fica com a polícia, que vai investigar. A intenção da ONG não é prejudicar ninguém, apenas que a justiça seja feita pela causa animal”, destacou um das integrantes.
ONG
ONG Anjos de Focinho existe em Rio Claro há 4 anos e hoje conta com nove animais que foram resgatados. “Contamos com ajuda de lar temporário, já que não temos sede ainda. Já resgatamos e doamos em torno de 400 animais. Ajudamos também o canil municipal com feiras de adoção”, observou a voluntária.
DENÚNCIAS
As voluntárias da ONG ressaltam que as pessoas podem contribuir fazendo denúncias, caso constatem situações de maus-tratos e fora da normalidade. Órgãos podem ser acionados, como o Canil da prefeitura, pelo telefone (19) 3532-4115, Guarda Municipal – 153, Polícia Militar, pelo 190, ouvidoria, pelo 156.
INVESTIGAÇÃO
A ocorrência foi registrada como natureza de Praticar ato de abuso a animais, Artigo 32 da Lei 9605/98 – Meio Ambiente. A investigação está a cargo da Central de Polícia Judiciária. O Delegado de Polícia deve aguardar o Laudo da clínica para tomar as providências de polícia judiciária.