A Rede Municipal de Educação conta com cerca de 20 mil alunos. Com ponto facultativo decretado, os estudantes ficaram sem aula também nessa segunda (18) e terça (19). A decisão não agradou a todos os pais e responsáveis que necessitam das unidades para trabalhar. “Achei uma tremenda falta de consideração com as pessoas que dependem das creches para deixar os filhos e trabalhar. Muitas mães são o sustento do lar”, relatou a diarista Andreza Nunes, que tem filha de um ano e três meses na creche e foi uma das mães que precisou se reorganizar para não perder o dia de trabalho.
A insatisfação foi manifestada por pais também nas redes sociais “Minha sogra teve que mudar o dia de trabalho para ficar na segunda com meu filho. Já nessa terça, precisei pagar uma escola particular, por não ter onde deixá-lo”, disse uma outra mãe na rede social.
Esta foi alternativa de muitos outros responsáveis. A professora pedagoga Mariana Barros, da Escola Infantil Criando Raízes, escola particular, disse que a demanda aumentou. “Sim, muitos pais recorreram a esta opção que oferecemos.Sabemos como é difícil não ter onde deixar os filhos para trabalhar.
Algumas crianças que estudam na rede municipal e ficam meio período conosco precisaram ficar integral ontem e hoje. Tivemos também aqueles que não são alunos da nossa unidade, mas os pais optaram em trazê-los nesses dois dias”, comentou a profissional.
Em enquete feita pelo Diário do Rio Claro, mais de 70% responderam ter encontrado dificuldades sem o atendimento nas unidades públicas.
Segundo a prefeitura, as creches atendem 4.090 crianças de zero a três anos, sendo 1.982 em período integral. Outras 4.241 crianças entre quatro e cinco anos são atendidas na pré-escola, sendo 702 em período integral. No ensino fundamental I, são atendidas 9.701 crianças de seis a dez anos. No Projeto de Educação Integral (PEI), são atendidos 690 alunos.
DECRETO
O Diário Oficial do Município trouxe no dia 1º o decreto 11.648 assinado pelo prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, que estabeleceu ponto facultativo para os dias 18 e 19 de novembro, uma segunda e terça-feira, véspera do feriado do Dia da Consciência Negra.
No texto do decreto, o prefeito explica a necessidade de implementar medidas para que os objetivos do decreto de contingenciamento assinado no início do mês passado sejam alcançados.
O decreto de outubro estabelece diretrizes e restrições para contingenciamento de despesas de 2019. Entre as medidas adotadas para ampliar o rigor no controle dos gastos públicos estão as restrições no uso de carros oficiais e de equipamentos que demandam consumo de energia elétrica, a suspensão de compras, revisão de gastos com obras e abrangem também os gastos com pessoal.
Tanto nos pontos facultativos dos dias 18 e 19, como no feriado do dia 20, as repartições públicas que prestam serviços essenciais, como saúde e segurança, têm expediente normal.