Entendemos como desigualdade social um processo que se estende dentro das relações da sociedade, presente em todos os países do mundo, além do que faz parte de uma tradição de muitos anos, onde determina um lugar para os desiguais na comparação com os privilegiados economicamente.
Nessas condições, vêm as questões econômicas, cor, gênero, crenças, além de outros aspectos que acabam marginalizando a classe paupérrima.
Essa forma de desigualdade prejudica aqueles menos favorecidos pelo acesso, principalmente aos direitos básicos, citando como exemplo aqueles que dizem respeito à educação e à saúde, direito à propriedade, à moradia, ter boas condições de transporte e locomoção entre outras necessidades prioritárias.
Sociedade em que as pessoas são diferentes, optam por vestir roupas de determinado jeito ou vivem sua vida da maneira como bem entendem, mas não são formas de desigualdade. O fenômeno desigualdade se manifesta no acesso aos direitos como dito anteriormente, mas principalmente a oportunidades e, nessas condições, a desigualdade tende a se acumular.
Determinados grupos de pessoas sociais e econômicas mais favorecidos têm acesso a boas escolas, boas faculdades e, conseqüentemente, com toda a eficácia a qualquer momento.
Pessoas que são marginalizadas sofrem os efeitos da desigualdade sem lhes conceder oportunidades de vida condizente com a necessidade delas, mormente acesso ao crescimento profissional da mesma forma que às outras pessoas atreladas ao privilégio econômico. Nesse sentido, quem pertence a uma família pobre tem menor probabilidade de ter uma uma excelente educação e instrução.
Dessa forma, com baixo nível de escolaridade, não terão prestígio social, principalmente acesso a certos privilégios que a camada social desfruta, ficando no mesmo patamar que se estende há várias décadas e pelos anos afora.
Estudiosos no assunto buscam meios para entender esse fenômeno que assola boa parte dos países do mundo inteiro. Grande parte deles, em sua teoria, culpa a existência da desigualdade social, fruto da concentração de dinheiro a uma pequena parte da população, um dos males que mais afligem os menos favorecidos, à vista das regalias a que teriam direito.
Um dos efeitos da desigualdade se manifesta na discriminação de oportunidades, de tratamento de direitos, de liberdade, além de outro fator importante a se destacar, que é a situação das mulheres que recebem salários mais baixos que o homem, mesmo fazendo o mesmo trabalho com o mesmo grau de ensino e cumprindo a mesma jornada de trabalho.
Na esfera pública também é discutida a representatividade da mulher em cargos de poder e na política, atrelada à mesma situação de desigualdade em relação ao homem no desempenho de quaisquer funções públicas existentes no país.
Entende-se também que o Brasil não tem uma democracia racial. A desigualdade começa na discussão de oportunidades, citando como exemplo típico o local onde as pessoas negras moram e crescem nos dias de hoje. Vale ressaltar que 72% dos moradores de favelas são negros e uma pequena parte deles recebe o benefício do bolsa família.
Além da narrativa acima, o analfabetismo se estende de uma forma mais abrangente entre negros do que entre brancos, mas independente desse aspecto, há preconceito e discriminação racial em diversos âmbitos, mesmo que seja de uma forma camuflada, o racismo predomina como herança de um passado histórico pouco recomendado e que merece o repúdio de toda a sociedade brasileira. Que haja respeito a todos os cidadãos que habitam nosso país.