“Em 29 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Psoríase e, por isso, consideramos importante difundir o conhecimento a respeito desta condição, que afeta 125 milhões de pessoas em todo o mundo”, expõe o médico Luis Fittipaldi, dermatologista, convidado pelo Diário do Rio Claro a falar acerca da doença com o propósito de prestar serviço à comunidade rio-clarense.
Psoríase: definição
De acordo com o profissional, a psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações, de base genética, que afeta entre 2% a 3% da população mundial e acomete igualmente ambos os sexos, principalmente entre a segunda e a quarta décadas de vida. “Na pele, as lesões surgem devido à rápida proliferação de células da camada mais superficial, produzindo sintomas que variam de paciente para paciente, conforme o tipo da doença”, explana.
Sintomas
Fittipaldi afirma que os sintomas se apresentam com manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas; pele ressecada e eventualmente com fissuras (que podem causar sangramento); coceira; queimação; dor; alterações nas unhas. O especialista afiança que quando o acometimento é articular, a manifestação aparece como edema e dores articulares.
Diagnóstico e impacto social
O dermatologista explica que o diagnóstico é clínico e eventualmente pode ser necessária a realização de uma biópsia (retirada de um fragmento de pele). “Esses sintomas determinam as diferentes formas clínicas da doença, assim como a sua gravidade e, principalmente, o seu impacto social devido às alterações na qualidade de vida dos pacientes com o diagnóstico, já que o estigma sobre a psoríase faz com que as pessoas cubram as lesões para evitar a exposição e o preconceito. A psoríase não é uma doença contagiosa e existem muitos tratamentos para esta condição”, exemplifica.
Luis Fittipaldi elucida que, atualmente, sabe-se que a psoríase vai muito além de lesões na pele, pois estudos mostram que alguns hábitos de vida (como tabagismo, uso de bebida alcoólica, stress, alterações no sono, obesidade, alterações climáticas-frio) são fatores desencadeantes para novas crises.
Tratamento
Segundo Fittipaldi, o tratamento da doença pode ser com medicação tópica (creme), medicamento por via oral ou até mesmo injetável. Essa escolha vai depender da gravidade das lesões e das condições clínicas de cada paciente. “Hoje em dia, com a terapêutica disponível, já é possível viver sem lesões, até mesmo nos quadros mais severos da doença, por isso é importante procurar um profissional habilitado e atualizado”, finaliza.