Em relação ao ano passado, Rio Claro teve um aumento de 33% de inadimplentes em levantamento feito até junho de 2018.O município conta com 15.895 pessoas com registro de negativos, de acordo com dados do SPC – Boa Vista que aponta que 7,5% da população rio-clarense possuía até 30 de junho de 2018 registros negativos. Essas informações tem origem no Banco de Dados, que em Rio Claro é gerido pela ACIRC.
Antonio Carlos Beltrame, presidente da ACIRC diz que “a Inadimplência em nossa cidade não é diferente das outras cidades brasileiras. E está ancorada na falta do emprego, se há emprego, há salário e as pessoas costumam quitar seus compromissos”.
O total de dívidas apontadas pelo Banco de Dados da ACIRC é de 21.077, o que indica que muitos devedores tem mais de uma conta em atraso. Outro dado que chama a atenção é que do total de registros, 12,8 mil são de inadimplentes com apenas uma dívida registrada. Dentro dessas dívidas, 14 mil delas apontam valores de até R$ 500,00.
Brasil
A Serasa Experian, em levantamento feito, indica que o Brasil tinha quase 62 milhões de inadimplentes em junho desse ano.
Os números indicados pelo Serasa, mostra que em média, de cada 10 brasileiros, quatro estão endividados. Desde o início da pesquisa em 2016, esse é o maior nível de endividamento registrado.
Os juros extremamente elevados cobrados no empréstimo bancário (já que a maioria dos endividamentos vem de dívidas bancárias), aliado à crise econômica em que o país se enfiou, é um dos motivadores dessa inadimplência, que atinge quase 18 milhões de pessoas na faixa dos 30 anos e 5,4 milhões de idosos, acima de 65 anos.
Analisando mais detalhadamente a pesquisa do SPC Brasil, nota-se que a alta foi generalizada em todas as regiões brasileiras.
A mais acentuada, como era esperado aconteceu na região Sudeste, que atingiu um crescimento de 9,88% em junho, comparando-se ao mesmo período do ano anterior.
Na sequência vêm a região Nordeste com alta de 4,81%; Centro-Oeste 2,82%; Sul 2,13% e Norte 2,02%.
Dívidas bancárias, como cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos foram aquelas que apresentaram os maiores índices de crescimento, chegando a 7,62%, ao serem comparadas ao mesmo período de 2017.
Em segundo vem as contas básicas, tais como água e energia elétrica mostrando que o aumento no volume de atraso chega ao 6,69%. Água e energia elétrica são dois itens, hoje, de necessidade primária de uma família.
CONFIANÇA
O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,8 ponto de junho para julho e atingiu 88,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Esse é o menor nível desde agosto de 2017 (84,4 pontos).
A queda da confiança em julho, concentrou-se em apenas quatro dos 13 segmentos pesquisados.
O Índice de Situação Atual, que mede a confiança do empresário do comércio no momento atual, caiu 0,7 ponto e chegou 86,5 pontos, o menor nível desde dezembro de 2017 (85,6 pontos). O principal motivo para a queda é a avaliação sobre o volume da demanda no momento, que recuou 3,1 pontos.
O Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação ao futuro, recuou 0,6 ponto, para 91,8 pontos, menor valor desde agosto de 2017 (89,6 pontos). A principal influência para a piora veio do indicador de vendas previstas, que recuou 2,2 pontos.
Segundo o coordenador da Sondagem do Comércio, da FGV, o resultado de julho mostra que o setor continua perdendo fôlego da recuperação que vinha ocorrendo até o início do ano.
Entre os motivos para a perda da confiança estão a visão desfavorável em relação à demanda e a vagarosa retomada do mercado de trabalho.
A FGV acredita que os empresários do comércio continuarão cautelosos nos próximos meses devido a níveis elevados de incerteza política e econômica.